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Greve do transporte público: reunião entre motoristas e Strans tenta evitar paralisação

Prefeitura diz que, em caso de greve, vai garantir o percentual mínimo de operação que prevê a lei no caso de serviços essenciais.

07/05/2025 às 11h33

Nesta terça-feira (07), motoristas e cobradores de Teresina anunciaram que entrarão em greve por tempo indeterminado a partir da próxima semana, reivindicando reajuste salarial. Uma reunião realizada hoje (08) no Ministério Público do Trabalho tenta evitar a deflagração do movimento. Participaram do encontro representantes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), do Sintetro (Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Transporte Rodoviário) e do Setut (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano).

Greve do transporte público: reunião entre motoristas e Strans tenta evitar paralisação - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
Greve do transporte público: reunião entre motoristas e Strans tenta evitar paralisação

No entanto, nenhum acordo chegou a ser fechado. É que o pedido de reajuste feito pelos motoristas e cobradores ainda será avaliado pelo MPT. Enquanto isso, o Setut pode oferecer uma contraproposta e, a depender das negociações, o movimento pode não chegar a ser deflagrado. A Strans disse em nota que “Dependendo das negociações, que ainda estão em vigor, havendo reflexo financeiro, vai levar ao prefeito para averiguar”.

Em caso de deflagração da greve, a Superintendência de Trânsito garantiu que vai assegurar a manutenção do percentual mínimo de operação nos casos de serviços essenciais, como o transporte. A Lei prevê que pelo menos 30% da frota continue circulando, mesmo em período de movimento grevista.

Crise no transporte

Quando assumiu a Prefeitura, Silvio Mendes afirmou que o transporte público era um dos principais problemas de Teresina. Um estudo feito pela administração municipal revelou que o serviço teria perdido a credibilidade junto ao teresinense nos últimos anos e que somente 11% da população usa de fato o transporte coletivo para se locomover na cidade. O baixo percentual, segundo o prefeito, acaba elevando os custos da operação.

“Se você olhar, mesmo no horário de pico tem ônibus ‘batendo lata’, ou seja, quase vazios. A falta de horário certo para saída dos terminais, os poucos ônibus acabaram afastando o teresinense do transporte coletivo e as pessoas arrumaram outros jeitos de ir e vir. Então a gente precisa encontrar formas de trazer esse público de volta, de tornar o transporte público atrativo de novo”, disse Silvio Mendes.

Prefeito Silvio Mendes. - (O Dia) O Dia
Prefeito Silvio Mendes.

O prefeito já havia declarado que “quem não colocar ônibus na rua, não receberá subsídio”. Recentemente, o prefeito foi questionado sobre um possível reajuste no valor da passagem inteira e meia-passagem de ônibus, que se encontra congelado há anos em Teresina. O gestor negou que tenha dito que o preço vai subir e lembrou que há, na verdade, um estudo do Tribunal de Contas (TCE-PI) que aponta que o valor ideal da passagem na capital deveria ser o dobro do praticado hoje.

Silvio Mendes descartou essa hipótese, afirmando que “o teresinense não aguenta pagar duas passagens”.

A reportagem de O Dia está tentando contato com o SETUT. O espaço segue aberto para futuros esclarecimentos.


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