A influenciadora digital Yrla Lima foi presa preventivamente nesta quarta-feira (18) após violar uma ordem judicial que a proibia de promover jogos de azar. A prisão ocorre em decorrência de um vídeo publicado por ela no dia 21 de novembro, onde fazia a divulgação de uma nova plataforma de apostas, prometendo ganhos financeiros.
Yrla Lima é um dos alvos da Operação Jogo Sujo II, uma ação da Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI) que investiga a promoção ilegal de jogos de azar pela internet. A influenciadora estava proibida pela Justiça de utilizar seu perfil nas redes sociais para fazer publicidade de sites de apostas e jogos de azar, uma determinação que foi desrespeitada ao divulgar o conteúdo no Instagram.
No vídeo, Yrla afirma que o Instagram é a sua única fonte de renda e que não importa o que será divulgado, contanto que seja pago. “Vocês têm que entender, eu tenho 30 mil seguidores e a minha ferramenta de trabalho é meu Instagram. Se uma pessoa vier me pagar para anunciar até o buraco do pri ... dela eu vou anunciar, se der dinheiro, eu vou anunciar [...] outras pessoas tem outras formas de ganhar dinheiro, esse é meu jeito”, disse.
De acordo com o delegado Humberto Mácola, responsável pelas investigações, o mandado de prisão preventiva foi solicitado pela Justiça, após a representação feita pela autoridade policial. Yrla foi interrogada pela polícia e teve sua residência vasculhada.
Sobre o depoimento da investigada, Mácola revelou que ela alegou continuar com a prática devido à falta de outras fontes de renda. "Ela disse que o único meio de vida dela seria através dessa atividade, mas isso não justifica", afirmou o delegado.
Após ser interrogada, Yrla foi encaminhada para realização de exame corpo delito no Instituto Médico Legal (IML) e deve passar por audiência de custódia na quinta-feira (19). "Ela vai ser encaminhada ao sistema prisional e ficará à disposição da Justiça", informou o delegado. Durante a busca, foram apreendidos documentos, celulares e outros objetos, embora o delegado não tenha revelado detalhes sobre o conteúdo das apreensões.
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A prisão aconteceu na residência da acusada, localizada no bairro Alto da Ressurreição, após a ação da equipe de investigação da DRCI. Conforme o delegado, a operação continua em andamento e novas ações podem ser realizadas conforme o avanço das investigações.
"Outras pessoas ainda podem ser presas. Estamos fazendo essa análise e é bom que fique claro que essas pessoas que ainda pensam em fazer divulgações de jogos ilegais ou qualquer ato ilícito, será alvo da Polícia Civil", destacou.
Influenciadores alvos da operação recebiam até R$ 30 mil por semana para divulgar jogos de azar ilegais
Os influenciadores digitais alvos da Operação Jogo Sujo II recebiam até R$ 30 mil por semana para divulgar jogos de azar ilegais. A informação foi confirmada ao Portalodia.com pelo coordenador da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), delegado Humberto Mácola. Em entrevista exclusiva, ele explicou sobre as denúncias recebidas que levaram à deflagração da operação.
As investigações da polícia apontaram que estes influenciadores eram procurados por agenciadores fazendo ofertas de divulgação de jogos de azar ilegais em plataformas não autorizadas pelo governo brasileiro. As ofertas variavam conforme a quantidade de seguidores que estes influenciadores tinham no Instagram e o engajamento que eles geravam.
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