Os influenciadores presos na Operação Jogo Sujo II, em Teresina, e que continuam sob custódia poderão ser soltos hoje (17). Isto porque a prisão deles se deu em caráter temporário e o prazo da prorrogação determinado pelo Tribunal de Justiça na última sexta (11) encerrou ontem. A informação foi confirmada pelo delegado Humberto Mácola, coordenador da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).
Pedro Lopes Lima Neto (Lokinho), Diogo Macedo (Diogo Xenon), Douglas Guimarães, Letícia Ellen e Milena Pâmela estão detidos desde o último dia 09 quando foram autuados em flagrante pela divulgação de jogos de azar, lavagem de dinheiro, estelionato e associação criminosa. As investigações apontaram que eles recebiam quantias consideráveis para fazer propaganda de “jogos de tigrinho”, levavam as pessoas a apostar nestas plataformas e as induziam a cair em golpes.
De acordo com o delegado Humberto Mácola, há relatos de vítimas que se endividaram e chegaram a ter que vender seus bens para conseguir pagar os débitos contraídos com apostas nestas plataformas ilegais. Quando procuraram os influenciadores em busca de esclarecimentos, estas pessoas “receberam a porta fechada” e um “não tenho nada a ver com isso”.
Em entrevista a O Dia nesta quinta (17), o coordenador da DRCI explicou que os influenciadores que ainda estão presos podem ser postos em liberdade caso a justiça não prorrogue novamente o prazo de suas prisões, mesmo que eles não tenham colaborado com as investigações. “No caso do entendimento da autoridade policial e da autoridade judiciária de não representar ou decidir pela prorrogação da prisão, todos serão colocados em liberdade após o final deste prazo da prisão temporária. No entanto, todos continuarão respondendo ao processo e outros entes podem vir a compor o inquérito”, pontua o delegado.
Se postos em liberdade, Lokinho, Letícia Ellen, Milena Pâmela, Diogo Xenon e Douglas Guimarães continuarão sendo monitorados e seus bens continuarão apreendidos. Para o delegado Humberto Mácola, o fato de eles deixarem a prisão não deve comprometer o andamento do inquérito. O objetivo, ele diz, é esclarecer os fatos e qualquer informação que acrescente algo ao corpo probatório será bem-vinda independentemente da manutenção ou não das prisões.
“A nossa intenção é que a investigação prossiga, se desenvolva, evolua para que ao final o relatório possa ser entregue ao Ministério Público e ao Judiciário. Lembrando que todo ainda estão sendo investigados, todos ainda estão no polo passivo desta investigação. Estamos fazendo o monitoramento e os bens continuam apreendidos. Nenhum foi liberado de responder ao processo e permanecerão assim até a deliberação do Poder Judiciário”, finaliza Humberto Mácola.
Os demais influenciadores alvos da investigação - Brenda Raquel Ferreira, Antônio Robson da Silva Pontes (Robin da Carne) e Yrla Lima - já foram soltos por colaborarem com as investigações.
Lokinho responde a outro processo por crime de trânsito
O influenciador Pedro Lopes Lima Neto, o Lokinho, responde na Justiça a outro processo além da Operação Jogo Sujo II. Trata-se do acidente que vitimou duas pessoas e lesionou outras duas na BR-316, no domingo (07). Lokinho foi indiciado por entregar veículo automotor a pessoa não habilitada, já que o carro que atropelou as vítimas era dele, mas estava sendo conduzido por seu namorado, Stanlley Gabryell, que não possui CNH.
No processo judicial referente ao crime de trânsito, Lokinho deixou de ser citado em um auto de prisão em flagrante e passou a ser citado apenas em um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). O TCO é o procedimento que substitui o auto de prisão em flagrante e se aplica a infrações de menor potencial ofensivo que culminem em pena máxima inferior a dois anos.
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