A juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, presidente do 2º Tribunal do Júri, marcou para o dia 13 de dezembro o julgamento do policial militar reformado Pedro José de Oliveira, acusado de matar a tiros a ex-esposa Marilene Pereira da Rocha. O crime ocorreu no bairro Mocambinho, zona Norte de Teresina, em 26 de janeiro de 2022.
No dia do crime, Marilene Pereira da Rocha Oliveira, de 59 anos, foi atingida por três disparos de arma de fogo enquanto andava de bicicleta na Avenida Pedro Freitas Neto. A vítima chegou a ser socorrida e encaminhada ao HUT, onde foi submetida a procedimentos cirúrgicos. Contudo, ela não resistiu às complicações e faleceu cinco dias depois.
Marilena Pereira da Rocha já tinha uma série de medidas protetivas impedindo Pedro José de Oliveira de se aproximar dela. As medidas foram expedidas pela justiça após o policial militar ter sido denunciado pela vítima por lesão corporal e agressões sexuais e psicológicas praticadas durante os anos em que ficaram casados. Eles haviam se separado há mais de 20 anos, mas a vítima continuava recebendo ameaças por parte do policial.
Segundo uma das filhas da vítima, Marilene já havia sofrido uma tentativa de homicídio anteriormente e só conseguiu se salvar dos tiros porque correu para a casa de uma vizinha. Desde então, o PM vinha acompanhando a rotina da ex-mulher, inclusive rondando a casa em que ela vivia com os filhos.
Pedro José será julgado no Tribunal do Júri pelo crime de homicídio com três qualificadoras: por motivo fútil; à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. A pena pelo crime varia de 12 a 30 anos de prisão.