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Teresina registrou um novo episódio de violência nas escolas nessa terça-feira (23). Segundo apurado pelo O Dia, João Guilherme Garcia Silva, de 12 anos, teria supostamente sido vítima de violência física por um grupo de sete adolescentes na Escola Municipal Escolão do Mocambinho, na região Norte de Teresina. A mãe da suposta vítima de bullying, identificada como Izamara da Costa e Silva, procurou o Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo de delito no filho.
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Em entrevista ao O Dia, Izamara da Costa e Silva relatou que o filho teria sido vítima das agressões por parte do grupo de amigos em um suposta cerimônia conhecida como “batismo”. O ato, segundo relato do filho, seria necessário para que ele fosse “aceito” na roda de amizade.
Me mandaram uma mensagem no meu WhatsApp dizendo que João Guilherme estava indo para casa. Nesse momento eu achei estranho, pois meu filho não sai ao meio-dia. Nisso eu perguntei o que houve, onde não me informaram nada. Quando meu filho chegou ele me contou que tinha apanhado no colégio, e que para entrar no grupo de amizade eles tinham que ‘batizar’
João Guilherme relatou que foi vítima de violência por pelo menos sete alunos do 6º ao 9º ano da unidade escolar. Entre as agressões, a vítima alega ter sido golpeada com socos no rosto, chutes e pontapés no estômago.
“Ele é uma criança muito envergonhada e principalmente quando ele apanha, nem me fala. Ele só me disse sobre isso, pois foram várias pessoas que viram e foram comunicar a diretora. Isso nunca tinha acontecido”, argumenta Izamara da Costa.
A mãe acredita que o filho poderia ser sido vítima de bullying na escola, pois, segundo ela, o filho possui traços diferentes dos demais colegas de escola. “Ele não tem laudo médico, mas ele tem só o atraso dele na linguagem, leitura e déficit de atenção. O meu filho não mexe com ninguém”, disse.
Após a suposta agressão, a direção da escola resolveu por suspender todos os alunos envolvidos nas cenas de violência por uma semana. Os pais dos alunos que teriam participado das agressões também foram chamados para prestarem esclarecimentos.
Exame de corpo de delito
Em razão dos fatos, Izamara da Costa disse que registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil do Piauí para investigar o caso. Além disso, ela informou que procurou o Instituto Médico Legal (IML) para realizar o exame de corpo de delito no jovem.
“Eu pedi o laudo do exame de corpo de delito, porque vou agir de acordo com o protocolo. Eu quero justiça, porque uma escola daquela monitorada com câmeras também deveria ter o pilotão mirim andando na hora do recreio para não acontecer isso que aconteceu com meu filho”, finalizou.
Outro lado
A reportagem do O Dia procurou a Prefeitura de Teresina, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec) para um posicionamento sobre o caso. Por meio de nota, a Semec lamentou o ocorrido e informou que desenvolve projetos de acolhimento e orientações contra o bullying e qualquer outro tipo de violência. Além disso, a pasta municipal se colocou à disposição da família para atendimento.
Confira a nota na íntegra:
A Secretaria Municipal de Esucação(Semec), foi conunicada pela direção da Escola Municipal Escolão do Mocambinho sobre o caso de agressão a um aluno do sexto ano.
Sem o conhecimento da escola, um grupo de estudantes realizaram o que chamam de “batismo“, agredindo um outro aluno. A agressão foi interrompida por servidores da escola que levaram o aluno agredido para atendimento.
De acordo com a direção do Escolão do Mocambinho, a mãe do aluno agredido e as mães dos alunos agressores foram chamadas para reunião com assistência social e psicóloga.
A Semec lamenta o ocorrido, considerando que a secretaria desenvolve projetos de acolhimento e orientações contra o Bullying e qualquer outro tipo de violência.
A secretaria se coloca à disposição da família.