O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (Sintetro), Antônio Cardoso, revelou na tarde desta terça-feira (09) que apenas 14 ônibus coletivos foram acrescentados à frota no mês passado em Teresina. O acordo de inclusão de novos veículos, firmado em março, previa o aumento de 20. O sindicato está concluindo um levantamento para saber se a ordem de serviço foi cumprida neste mês pelas empresas do sistema de transporte público.
Cardoso esclareceu que o Consórcio Theresina, que atua na Zona Sudeste da Capital, foi o único que não colocou os ônibus nas ruas. Segundo ele, os coletivos não circularam por causa de problemas em pneus e baterias.
“O acordo não foi cumprido por parte da empresa. O presidente do Consórcio Theresina me disse que não tinha colocado os ônibus porque alguns deles estavam com problemas nos pneus e baterias. O aumento da frota também é uma luta nossa porque mais ônibus nas ruas é a certeza de um melhor serviço prestado para população”, disse em entrevista.
Ainda de acordo com Cardoso, os trabalhadores reivindicam ainda que os veículos circulem durante todo o dia e não apenas em horário de pico. “Com mais veículos, desafogaremos linhas tão importantes como Redenção, Universidade Circular e Porto Alegre – que cortam toda a cidade. Além disso, é possível pensar em garantir veículos nos finais de semana, tirando a parte da mais empregos que serão gerados”, disse.Nesta terça-feira (09), o sistema de transporte público de Teresina passou a contar com mais 20 veículos, segundo uma ordem de serviço emitida pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) para as empresas que operam os consórcios das várias zonas da cidade. Contudo, o Sintetro informou que está elaborando um levantamento para saber se ordem foi cumprida.
“Vamos fiscalizar para saber se de fato a população vai ter esse benefício, pois tudo está no acordo. Vamos ainda cobrar que esses seis ônibus que não saíram das garagens no mês passado, comecem a circular o quanto antes para melhorar o serviço em Teresina. A expectativa é que a gente possa contar com esses 40 ônibus o quanto antes para atender a demanda”, completa.
Por fim, Cardoso afirmou que as empresas ainda não assinaram o contrato do plano de saúde dos trabalhadores. “Já foi tudo definido, mas ainda não aconteceu essa assinatura por parte das empresas. Toda essa questão está sendo acompanhada de perto pelo Ministério Público e Ministério Público do Trabalho, que também estiveram na reunião”, finaliza.
A reportagem do O Dia procurou o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) para se manifestar sobre o caso, mas não obteve retorno. O espaço está aberto para esclarecimentos.