Aldo Luís Barbosa Dornel, policial militar apontado como sendo o autor do tiro que matou uma criança de 9 anos durante abordagem em Teresina, retornou aos quadros da Polícia Militar seis anos após o crime. Sua reintegração à corporação foi determinada por força de decreto assinado na última quarta (17) pelo governador Rafael Fonteles.
De acordo com o documento, a renomeação de Aldo como soldado da PM foi determinada por decisão judicial proferida pela 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública da Comarca de Teresina. O PM havia sido exonerado da corporação em janeiro de 2018 quando o Ministério Público ofereceu a denúncia à justiça pelo assassinato de Emily Caetano.
Entenda o caso
Aldo Dornel é um dos PM’s investigados pelo assassinato da menina Emily Caetano Costa, ocorrido na noite de Natal de 2017 na zona Leste de Teresina. Na ocasião, os policiais faziam uma blitz e teriam ordenado parada ao carro conduzido pelo pai da criança, Evandro da Silva Costa. Segundo informou a PM à época, Evandro teria desobedecido a ordem, o que resultou em uma perseguição.
Durante a perseguição, os policiais efetuaram disparos. Os tiros atingiram Evandro, Emily e a mãe da menina, Daiane Félix Caetano. Evandro e Daiane sobreviveram, mas Emily, que estava no banco de trás do carro, morreu ainda no local após ser alvejada nas costelas e no tórax. Evandro perdeu a audição em razão do disparo que recebeu na orelha.
Aldo Dornel foi preso pelo crime e a Polícia Militar abriu um procedimento administrativo e disciplinar para apurar os erros ocorridos na abordagem, que resultou no crime. O então soldado foi expulso dos quadros da corporação em janeiro de 2018, quando, por decisão judicial, foi transferido do Presídio Militar para uma penitenciária comum.
Militar havia sido reprovado no exame psicológico do concurso da PM
Além de Aldo Dornel, outros três militares que participaram da abordagem que resultou na morte de Emily Caetano também foram expulsos da PM. Todos eles haviam ingressado na corporação graças a uma liminar deferida pelo juiz Oton Mário Lustosa Torres, que os autorizou a participarem das demais etapas após serem reprovados no exame psicológico.
No entanto, esta liminar havia sido revogada em setembro de 2016 por decisão do juiz Rodrigo Alaggio Ribeiro, o que tornava a permanência dos quatro militares irregular nos quadros da PM.
Leia mais sobre o caso:
W. Dias promete casa e ajuda financeira para família de Emilly Caetano
Comando da PM suspende portaria que trata sobre investigações de policiais
PGE faz pente fino para analisar liminares de militares dos últimos 10 anos
Promotor denuncia policiais envolvidos na morte da menina Emilly
Policial que efetuou disparos que mataram Emilly Caetano é exonerado
W. Dias promete casa e ajuda financeira para família de Emilly Caetano
Comando da PM suspende portaria que trata sobre investigações de policiais
PGE faz pente fino para analisar liminares de militares dos últimos 10 anos
Homicídios conclui inquérito sobre morte de Emilly e envia para o Judiciário
Governador se reúne com cúpula de segurança para discutir caso Emilly