A Polícia Civil vai fazer a reconstituição do momento em que o soldado da PM do Maranhão, Raimundo Linhares, atirou contra o sargento da PM do Piauí, João de Deus, em uma briga ocorrida no último dia 05 no Parque Sul, em Teresina. O soldado se apresentou nesta manhã (07) no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde prestou depoimento.
Segundo o coordenador do DHPP, delegado Francisco Baretta, o soldado Raimundo Linhares alega legítima defesa e disse que atirou no sargento porque ele teria disparado antes tentando acertá-lo. Os dois teriam iniciado a briga porque, segundo o soldado, o sargento teria batido de propósito em seu carro, mandando ele tirá-lo de sua porta.
"Ele [o soldado Linhares] afirma que estacionou o veículo e quando saiu para pegá-lo, o sargento [João de Deus] tinha batido atrás e deixou lá, batido. Ele viu e foi perguntar porque ele tinha feito aquilo. Ele disse que o sargento veio com deboche, começaram a discussão e o sargento puxou a arma. O soldado, então, correu para trás do veiculo para se esconder, mas o sargento continuou a atirar e, então, ele efetuou os disparos para não morrer", relatou Baretta.
O sargento João de Deus foi atingido com um tiro na cabeça e se encontra em estado grave no HUT. Já o soldado Linhares nada sofreu. A polícia já apreendeu as armas dos dois e está aguardando a realização da perícia e para confronto balístico. Por meio deste exame pericial vai ser possível afirmar se as marcas de tiro no carro do soldado Linhares são compatíveis com o calibre e o modelo da arma do sargento.
Segundo o delegado Baretta, dentro do carro de Linhares foram encontrados projéteis de arma de fogo calibre 38 que, segundo o PM, pertencem ao sargento João de Deus.
Sobre a reconstituição do crime, o coordenador do DHPP explica que ela vai ajudar a ter uma consciência da verossimilhança e da dinâmica do fato narrado. "A reconstituição é um meio de prova e investigação para que a gente possa ter certeza da circunstância e da dinâmica daquilo que ocorreu ali e ver se aquela narrativa está de acordo com os fatos acontecidos", explicou o delegado.
A reconstituição do crime ainda não tem data para ocorrer. Também não foi expedida ainda nenhuma medida cautelar contra o soldado Raimundo Linhares. O DHPP informou que está investigando uma tentativa de homicídio, mas que os policiais ainda estão fazendo todos os levantamentos para dar robustez a qualquer pedido de cautelar que venha a ser feito.
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