Ônibus e micro-ônibus alternativos cadastrados pela Prefeitura de Timon vão garantir, de forma emergencial, a circulação de pessoas entre as cidades de Timon e Teresina a partir desta segunda-feira (30), após o fim das atividades da empresa Timon City. Ao todo, foram cadastrados 50 veículos. Desses, 24 estão prontos para rodar e os demais vão ficar à disposição em caso da necessidade de substituição.
LEIA TAMBÉM
Em nota, a prefeitura de Timon informou que o transporte público entre cidade de estados diferentes (como é o caso de Timon Teresina) é de responsabilidade da ANTT, mas que está à frente buscando as soluções para garantir a locomoção da população. Já a empresa Timon City informou que a paralisação é temporária, mas que pode se tornar definitiva. Leia o posicionamento ao fim da reportagem.
De acordo com o diretor Consórcio Intermunicipal de Mobilidade Urbana (Cimu), João Batista, a expectativa é que o tempo de espera no ponto de ônibus seja em média de 30 minutos. A frota estará em circulação das 6h às 20h.
“Realizamos uma reunião com os motoristas dos ônibus e micro-ônibus e definimos as rotas e os horários de circulação da frota que vai operar. A população pode esperar uma melhoria, porque a quantidade de veículos disponibilizada é maior do que a que estava em circulação anteriormente”, explicou.
Os ônibus cadastrados serão identificados por meio de um adesivo de identificação com o nome do Cimu e o brasão do município de Timon, e vão operar somente com a tarifa inteira de R$ 5, uma vez que a meia-passagem só é garantida com sistema de bilhetagem eletrônica. As gratuidades previstas em lei, como para os idosos e pessoas com deficiência, vão ser respeitadas após a devida comprovação.
Empresa Timon City anuncia paralisação das atividades
No fim do mês de outubro, a empresa Timon City, que operava o transporte coletivo intermunicipal da cidade de Timon (MA), anunciou o fim das atividades na cidade. A empresa era a única que operava no município, transportando passageiros entre Teresina e Timon.
Ao O Dia, o proprietário da empresa Ramon Alves, informou que a paralisação é temporária, mas que pode se tornar definitiva caso não haja um esforço do poder público para solucionar o problema.
O empresário informou, ainda, que entre os motivos que motivaram a decisão é uma falta de equilíbrio econômico e financeiro por causa da forte concorrência dos aplicativos e dos transportes clandestinos, além da falta de segurança pública na cidade.
“Eu considero que a violência é um dos maiores vilões nessa situação. O cidadão não tem mais coragem de ir para a parada por causa do medo do assalto e acaba optando por chamar um transporte por aplicativo que para na porta de casa. Infelizmente os prejudicado são os que necessitam do transporte público", disse.