A Polícia Civil do Piauí concluiu as investigações do caso do menino Wesley Carvalho Ferreira, de 1 ano e 9 meses, em Teresina. Ao todo, sete pessoas foram presas pela morte da criança, dentre elas a mãe, o pai, os avós e os tios do garoto. O bebê desapareceu no dia 09 de fevereiro deste ano.
O delegado Matheus Zanatta, da Gerência de Polícia Especializada, destaca que, inicialmente, tinha sido apresentada pela família a tese do sequestro da criança, mas logo foi descartada pela Polícia Civil.
“Durante o inquérito policial foram colhidas várias informações, como provas, depoimentos e laudos da perícia, que levou ao indiciamento de sete pessoas pelo crime de Homicídio Qualificado e Ocultação de Cadáver”, explica.
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Ainda segundo o delegado, foram representadas por sete prisões temporárias e duas internações provisórias, sendo estas cumpridas posteriormente e convertidas em prisões preventivas, decretada pelo juiz. Matheus Zanatta destaca que o inquérito está relatado e à disposição da Justiça.
No dia 12 de abril, a polícia chegou a encontrar uma ossada no sítio da família. O material foi coletado e encaminhado para perícia, mas foi constatado que não se tratava de restos mortais humanos.
Entenda o caso
O desaparecimento do Wesley Carvalho Ferreira, de apenas um ano e nove meses, foi denunciado na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) no dia 9 de fevereiro deste ano, um mês após o suposto desaparecimento. A família alegou que a criança foi levada durante um sequestro que teria ocorrido na Praça da Bandeira, no centro de Teresina.
Durante as investigações, a Polícia Civil descartou a hipótese do sequestro após identificar diversas contradições nos relatos dos pais do garoto. No dia 22 de fevereiro, os pais e os avós da criança foram presos depois que a investigação apontou que Wesley Carvalho morreu ao ser sacrificado em um ritual praticado na zona rural da cidade.
De acordo com o Delegado Geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko Leal, a mãe teria confessado à polícia que a criança morreu após ficar em jejum durante duas semanas. Segundo o depoimento, após a morte do bebê no ritual, a família decidiu cremar o corpo.
Ao todo, cerca de 11 pessoas da mesma família foram investigadas por suspeita de envolvimento no crime, entre eles, quatro menores, que foram apreendidos.