O número de deputados federais é
utilizado como base de cálculo para divisão dos fundos partidário e eleitoral.
Por este motivo, expulsá-los significa perder uma boa quantia em dinheiro. O
fundo partidário é utilizado para manutenção das siglas. Já o fundo eleitoral é
para financiamento de campanhas.
Em 2018, o PDT recebeu R$ 61,5 milhões de fundo eleitoral, o que impulsionou a eleição de 27 deputados, incluindo os oito que votaram a favor da reforma da Previdência, contrariando decisão da cúpula partidária. Já o PSB recebeu R$ 118 milhões e conseguiu eleger uma bancada de 32 membros. Caso a sigla expulse os 11 deputados que contrariaram a orientação, vai perder praticamente um terço das receitas para a campanha de prefeito e vereador ano que vem..
Em 2020
As regras para distribuição do dinheiro entre os partidos para as eleições do ano que vem, podem ser mudadas até outubro deste ano. Por este motivo, ainda não é possível calcular quanto as siglas perderiam caso levem a frente a ideia de expulsar os infiéis.
Vai ter perdão
Com a chegada do recesso parlamentar e o passar dos dias, a tendência natural é que o tema perca importância e os deputados acabem permanecendo nas siglas. Provavelmente, as direções já enviaram representantes para dialogarem com os infiéis e começarem a esvaziar o assunto.
Flávio Nogueira está entre os 'infiéis' do PDT e já foi sondado por outros partidos (Foto: Arquivo/O DIA)
Átila Lira está no PSB, votou contra a reforma da Previdência e mostra interesse em conversar com os dirigentes do partido. (Foto: Arquivo/O DIA)