O dólar segue sendo a principal moeda do comércio global, com sua cotação alta e sua presença em diversos mercados internacionais. Alguns blocos econômicos, como o Brics, têm discutido alternativas para reduzir a dependência do dólar em transações entre seus membros. Em resposta, Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos se posicionou contra os planos de ‘desdolarização’ do bloco Brics.
Em uma publicação feita em sua rede social, Trump afirmou que os países membros do bloco – Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, e os novos membros, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos – estarão sujeitos a tarifas de 100% caso avancem na criação de uma moeda própria ou apoiem qualquer tentativa de substituir o dólar em transações internacionais.
"Exigimos que esses países se comprometam a não criar uma nova moeda do Brics, nem apoiar qualquer outra moeda que substitua o poderoso dólar americano, caso contrário, eles sofrerão 100% de tarifas e deverão dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia norte-americana", escreveu Donald Trump em sua rede social, Truth Social.
Trump foi enfático ao afirmar que os países que tentarem negociar fora do dólar deverão “dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia norte-americana”. Ele ainda sugeriu que os membros do Brics poderiam “procurar outro ‘otário’”, destacando que os Estados Unidos não aceitam a possibilidade de perder sua hegemonia monetária no comércio internacional.
"Eles podem procurar outro 'otário'. Não há nenhuma chance dos Brics substituírem o dólar americano no comércio internacional, e qualquer país que tentar deve dizer adeus aos Estados Unidos", concluiu.
A criação de uma nova moeda ou a adesão a uma moeda alternativa já é uma proposta debatida há algum tempo dentro do Brics, com destaque para o posicionamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em outubro, sugeriu um avanço nas transações internas do bloco utilizando moedas locais, sem a necessidade de passar pelo dólar.