A campanha de associação em massa do Vasco fez com que torcedores de correntes opostas do clube se unissem em prol do objetivo maior de fortalecer o programa de sócio-torcedor.
Entretanto, passada uma semana do clube ter alcançado o recorde da América Latina, ele se vê diante de uma nova divisão entre os vascaínos, desta vez por conta de discussões políticas motivadas pelo cada vez mais próximo patrocínio da rede de departamentos "Havan", do empresário Luciano Hang, um dos principais apoiadores do atual presidente da República, Jair Bolsonaro.
Vascaínos com viés de esquerda contestam a possibilidade e citam questões históricas do clube que, na concepção dos mesmos, vai de encontro ao perfil da empresa e, principalmente, de seu dono, que possui uma relação estreita com Bolsonaro.
Já os de direita, ou que possuem um posicionamento neutro, rebatem tais argumentos alegando que não se deve misturar ideologias políticas com o Vasco.
O certo é que a polêmica já chegou à diretoria, mas, neste primeiro momento, ela não tem sido colocada como um fator preponderante.
Presidente vascaíno, Alexandre Campello foi pessoalmente à sede da Havan na última terça-feira (10), onde teve à sua disposição um helicóptero enviado por Luciano Hang.
O empresário ficou muito impressionado com a apresentação dos números e projeções do Vasco mostradas pelo dirigente e, inicialmente, se interessou por efetivar um patrocínio para as mangas da camisa e nas placas de publicidade, embora as propriedades das costas e calção também tivessem sido ofertadas.
Outro ponto que despertou interesse em Hang foi a possibilidade de financiar um "naming rights" para uma das futuras torres após a reforma de São Januário e para um mini estádio no centro de treinamento, ambos previstos em projetos feitos pela diretoria.
Após a produtiva reunião -como foi considerada por ambas as partes- os departamentos financeiros e de marketing de Vasco e Havan avaliam os próximos passos para o fechamento da parceria. Outros encontros estão previstos.
Fonte: Folhapress