Wendell Rodrigues de Sousa, o homem que tentou matar uma mulher a facadas dentro de um ônibus em Teresina, continuará preso. Isso porque a juíza Lucyane Martins Brito homologou sua autuação em flagrante e converteu sua prisão em preventiva em razão dos riscos que a vítima corre com ele sendo posto em liberdade. A decisão foi proferida na noite de ontem (21) após Wendell passar por audiência de custódia.
Consta nos autos que na tarde de ontem (21), Francisca das Chagas Rodrigues Barbosa estava em um ônibus com a filha, de 16 anos, quando foi surpreendida por Wendell, que é seu ex-companheiro. Ele começou a lhe proferir ameaças de morte e insultos diante de vários passageiros. Em dado momento, Wendell sacou uma faca e avançou contra Francisca, mas foi impedido porque os passageiros o contiveram e desarmaram. Ele foi posto para fora do ônibus e ainda arremessou uma pedra contra o vidro do veículo no intuito de acertar Francisca.
Em sua decisão de manter a prisão de Wendell, a juíza Lucyane Brito destacou que o conjunto dos fatos evidencia que o acusado “iniciou a execução do crime de homicídio, mas não conseguiu consumá-lo devido à intervenção de terceiros”. Ficou configurada, portanto, a tentativa de homicídio, corroborada pelos depoimentos das testemunhas.
A magistrada também mencionou o medo de Francisca “e a persistência do agressor em manter contato e causar dano”. Esta não é a primeira vez que Wendell responde a processo por agressões à ex-mulher. Ele já foi processado por lesão corporal e ameaça em dois casos anteriores, ambos envolvendo violência doméstica contra Francisca. No Formulário de Avaliação de Risco, ele é descrito como “ciumento e perseguidor, características que aumentam a sensação de insegurança da vítima”.
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Francisca das Chagas já tinha uma medida protetiva contra Wendell deferida em dezembro de 2023 que o proibia de frequentar os mesmos lugares que ela, de se aproximar e de manter qualquer contato por qualquer meio de comunicação.
Para decretar a prisão preventiva de Wendell, a juíza Lucyane Brito lembrou que sua liberdade compromete a garantia da ordem pública em razão do risco de ele cometer novamente algum crime. A magistrada destacou o histórico extenso de envolvimento em brigas graves, incluindo mandados de prisão por furto, e porte ilegal de arma de fogo, condenação por furto qualificado e antecedentes por lesão corporal no contexto de violência doméstica.
A juíza conclui: “É evidente que o autuado apresenta dificuldades em se adequar à ordem legal e constitui uma ameaça contínua à integridade física e psicológica da vítima. As medidas cautelares diversas à prisão mostraram-se insuficientes para conter a conduta delituosa do autuado. Assim, a decretação da prisão preventiva é necessária e justificada para cessar as violações à ordem pública e proteger a vítima de novas agressões”.
Wendell Rodrigues de Sousa permanece preso aguardando o andamento processual.
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