Aluno de 13 anos com arma e seis munições dentro da mochila em uma escola do Bairro Dirceu, na zona Sudeste. Pai de aluno em ataque de fúria contra professores no Cmei Tom Jobim, bairro Morros, zona Leste. Esses são dois exemplos recentes de insegurança nas unidades escolares de Teresina. Os dois casos aconteceram em meio a uma onda de ataques em escolas de diversas cidades do país.
O temor por conta desses casos levou os vereadores da capital aprovarem em segunda votação nesta quarta-feira (17) um projeto de lei que prevê a instalação de botão do pânico em escolas e creches da rede municipal de ensino. Para o vereador Evandro Hidd (PDT), autor da proposta, defendeu que somente a instalação do dispositivo já é capaz de inibir práticas criminosas.
“A simples divulgação da existência do ‘botão de pânico’ poderá fazer que diminua a possibilidade de ocorrência de ataques de violência nas escolas”, disse o vereador. O projeto quer a instalação de dispositivo eletrônico para acionar a polícia e garantir ação imediata das forças policiais.
Um segundo projeto de lei também de autoria do parlamentar que estabelece a elaboração de políticas públicas para a prevenção da violência em escolas foi aprovado na Câmara de Teresina. O texto quer restringir o acesso nas dependências da escola.
RELATÓRIO TCE
Um relatório do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) aponta falhas na segurança das escolas da rede pública do estado. Baixo índice de unidades com monitoramento por câmeras de segurança e até falta de portas em banheiros estão entre os principais pontos observados. O levantamento foi realizado entre 24 a 26 de abril deste ano em 40 escolas distribuídas em 30 municípios piauienses.
Segundo os números, 15% das escolas vistoriadas possuem câmeras de segurança para monitoramento e, pior, apenas 66,67% estão em pleno funcionamento. O relatório aponta também que nenhuma das unidades escolares possui botão de pânico ou algum equipamento equivalente.