O prefeito de Teresina Silvio Mendes anunciou nesta segunda-feira (12) que deverá ir ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) para tratar sobre o grave desequilíbrio financeiro enfrentado pela Prefeitura de Teresina. Na última quarta-feira (7), o chefe do executivo municipal revelou que o déficit orçamentário do município ultrapassa mais de 3 bilhões de reais, sendo bem superior ao rombo de R$ 1 bilhão, anunciado anteriormente.

Desde que divulgou o problema nas contas do município, Silvio Mendes tem evitado falar em responsabilização e defendeu que isso é competência do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), que deverá analisar os 3.570 processos enviados pela Prefeitura com contratos para serem revisados.
“Eu já estou marcando uma visita ao Tribunal de Contas para tratar desse assunto, porque ele preocupa muito. A gente fica preocupado, porque os serviços poderão ser maiores ou menores dependendo das providências que a gente pode tomar”, disse o prefeito. Mendes não descartou também a possibilidade de ir à Câmara Municipal e incluir os vereadores da Casa no debate sobre como as contas chegaram ao nível de desequilíbrio financeiro encontrado e as possíveis soluções para o problema. "Eu tô sempre disponível. Minha vida é essa: conversar com as pessoas e tentar resolver os conflitos”, complementou.
Enquanto não é encontrada uma solução para o déficit nas contas da Prefeitura, a gestão municipal já elencou algumas das medidas que podem ser tomadas a curto prazo para conter as despesas e uma delas foi suspender as nomeações. O gestor diz que todas as providências que poderiam ser tomadas até o momento já foram adotadas e que “infelizmente agora é o que se chama cortar na carne”.
Serviços terceirizados também devem ser afetados. É que uma das ações que devem ser tomadas também diz respeito à contenção de gastos com pessoal. Silvio Mendes se reuniu com representantes da Fundação Municipal de Saúde (FMS), que tem uma das maiores folhas de pagamento da Prefeitura, para chegar a um entendimento. Segundo os dados fornecidos pelo prefeito, só a folha da FMS é um pouco mais de R$ 80 milhões. Juntando a folha de todos os servidores municipais efetivos e os terceirizados, chega a aproximadamente R$ 200 milhões por mês a folha da Prefeitura.
Silvio Mendes negou que a dívida de R$ 3 bilhões vá deixar a Prefeitura de Teresina parada e garantiu que serviços básicos como saúde e educação vão continuar funcionando, ainda que no limite. “Compromete serviços essenciais, porque qual a empresa privada que vai fornecer correndo o risco real de não receber o pagamento? Não vou dizer que a Prefeitura vai ficar parada, porque tem que continuar e olhar para a frente. É preciso estar preocupado com isso, honrar o que foi assumido, mas a cidade continua”, diz o prefeito.
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