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O anúncio feito pelo prefeito Silvio Mendes (União Brasil), nessa segunda-feira (6), sobre um rombo superior a R$ 1 bilhão nas contas da Prefeitura de Teresina provocou reações divergentes entre os vereadores da capital. O chefe do Executivo afirmou que o valor é maior do que o inicialmente previsto por sua equipe econômica e que, apesar das medidas de contenção adotadas no início da gestão, o grave desequilíbrio fiscal permanece. Ele adiantou ainda que novas ações de redução de despesas devem ser tomadas “onde for possível”.
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As informações sobre a possibilidade de rombo bilionário nas contas públicas municipais acenderam um alerta na Câmara de Teresina. O presidente da Casa, vereador Enzo Samuel (PDT), defendeu uma apuração rigorosa sobre as origens do desequilíbrio. “A nossa preocupação nesse momento é exatamente em relação a esse possível rombo nas contas do município de Teresina, porque para você fazer uma gestão eficiente, diga-se de passagem, gestão eficiente é aquela que entrega resultado para o povo, você tem que buscar um equilíbrio nas contas públicas, então acho que essa é a grande missão. Essa missão agora é da prefeitura, junto com a câmara municipal, buscar esse equilíbrio, agindo em parceria para que a gente possa superar essa dificuldade o quanto antes. É preciso averiguar de forma minuciosa, saber onde foram esses rombos e se houve qualquer falha administrativa, qualquer ato ilícito, qualquer má fé, responsabilizar os responsáveis”, declarou o parlamentar.
Em tom mais crítico, o vereador de oposição Edilberto Borges, o Dudu (PT), cobrou explicações mais detalhadas por parte do prefeito e classificou os números apresentados como insuficientes. “Onde está o prefeito? Quem foi eleito prefeito foi o Silvio Mendes, ele é prefeito desde janeiro e teve a transição desde de novembro de 2024. Nós queremos saber onde é que estão esses números, porque dizer que tem R$ 400 milhões de restos a pagar, isso é contábil. Desses restos a pagar R$ 400 milhões, a própria Prefeitura já pagou só para a R Melo quase R$ 15 milhões e tem mais de R$ 25 milhões empenhados. São R$ 190 milhões de pessoal, que pessoal é esse? Ele é que tem que dizer o que é que ele encontrou. Quem é o gestor hoje é o prefeito Silvio Mendes, ele tem que dizer aqui a público e a esta casa, onde é que está, porque aí nós vamos levantar quem é culpado”, relatou.
Para Dudu, a atual administração tem responsabilidade direta sobre a análise e eventual responsabilização por possíveis crimes ou irregularidades. “O que eu estou dizendo é que a gente precisa dos esclarecimentos no pormenor, a contabilidade e o que foi feito da gestão anterior, a responsabilidade hoje de analisar é a gestão atual e avaliar os crimes, se tiver tido crimes, não prevaricar e pedir as punições dos verdadeiros culpados na forma da lei. E o que eu quero aqui como vereador é saber disso […]. Então aqui nós queremos são os números e ir atrás de punir o que tiver de errado. Agora não dá para você achar que o CNPJ da prefeitura é diferente de dezembro do ano passado. A partir de janeiro de 2025 é o mesmo CNPJ. Não pode ter descontinuidade da gestão”, completou.
Reunião entre o Legislativo e o Executivo
Diante da gravidade da situação fiscal, vereadores da base e da oposição devem se reunir com o prefeito nesta quarta-feira (8), no Palácio da Cidade. O encontro foi agendado para que os parlamentares acompanhem de perto as medidas que serão tomadas e entendam com profundidade a real situação das finanças da capital.
O líder do prefeito na Câmara, o vereador Bruno Vilarinho (PRD), minimizou qualquer clima de confronto e reforçou a importância do diálogo entre os Poderes.
“Na verdade, o prefeito sempre está aberto ao diálogo com a Câmara. Amanhã alguns vereadores vão à prefeitura. A gente acredita que esse diálogo é importante entre o Legislativo e o Executivo para que o Legislativo possa também contribuir com o Executivo no acompanhamento desse débito que a prefeitura está enfrentando. Então eu acredito que amanhã é o início de uma conversa para que a gente possa começar a tratar e a se aprofundar nesse assunto e com esse diálogo franco entre a câmara e a prefeitura eu acredito que a gente possa contribuir com o poder público municipal”, concluiu.
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