O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou nesta segunda-feira (18), sobre a suposta tentativa de Golpe de Estado investigada pela Polícia Federal. Em reunião ministerial no Palácio do Planalto, Lula afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi um “covardão” que “não teve coragem de executar o que planejou”.
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"Não teve golpe não só porque algumas pessoas que estavam no comando das Forças Armadas não quiseram fazer, mas também porque o presidente é um covardão. [...] Ele não teve coragem de executar o que planejou, ficou dentro de casa aqui no Palácio chorando quase um mês e preferiu fugir para os EUA do que fazer o que tinha prometido”, disse Lula.
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O chefe do governo comentou ainda sobre os depoimentos dos ex-comandantes das Forças Armadas, prestados durante a investigação, que tiveram os sigilos derrubados após ação do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes. O presidente apontou que o Brasil “correu sério risco” de entrar em um novo período antidemocrático.
“Se, há três meses, quando a gente falava em golpe parecia apenas insinuação, hoje temos certeza que esse país correu sério risco de ter um golpe em função das eleições de 2022”, ressaltou Lula.
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Segundo depoimentos prestados à Polícia Federal (PF) pelos ex-comandantes do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Júnior, Bolsonaro estava no centro das conspirações de uma ruptura democrática.
“O povo foi mais sábio, mais corajoso, e nós estamos aqui com a incumbência de fazer uma coisa muito importante, que não é só resolver o problema da economia, da saúde, do transporte, da agricultura, nós temos que resolver uma coisa muito mais séria que é a consolidação do processo democrático deste país. A democracia passa a ser uma coisa fundamental na nossa vida”, acrescentou Lula.