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Mudanças na fabricação de geladeiras pode aumentar preços; entenda

A implementação de novo programa pelo Ministério de Minas e Energia pode tirar de circulação geladeiras com valores abaixo de R$ 5 mil

18/12/2023 às 13h23

Recentemente, o Ministério de Minas e Energia (MME) aprovou um programa que redefine as metas de eficiência energética para refrigeradores e congeladores domésticos. O novo regulamento visa promover economia na conta de luz, impulsionando a fabricação de aparelhos mais eficientes energeticamente. 

Entretanto, a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) expressou preocupação, alegando que as novas regras eliminarão aproximadamente 83% dos refrigeradores atualmente disponíveis no mercado brasileiro. Isso resultaria na predominância de geladeiras de alto padrão, com valores superiores a R$ 5 mil, de acordo com a entidade.

Mudanças na fabricação de geladeiras pode aumentar preços - (Reprodução/Agência Gov) Reprodução/Agência Gov
Mudanças na fabricação de geladeiras pode aumentar preços

A implementação do programa ocorrerá em duas etapas. A primeira, que deve iniciar em 31 de dezembro, estabelece um índice máximo de eficiência de 85,5% do consumo padrão. A segunda fase, a partir de 31 de dezembro de 2025, elevará esse índice para 90%. A expectativa é que, a partir de 2028, os produtos disponíveis nas lojas sejam, em média, 17% mais eficientes que os atuais.

Apesar das projeções do governo indicarem uma redução significativa nas emissões de gás carbônico e uma economia de energia elétrica considerável, a Eletros alerta para possíveis impactos negativos. A associação afirma que a medida pode resultar em um aumento abrupto nos preços, especialmente para a população de baixa renda, devido à comercialização predominante de produtos considerados de alto padrão.

Segundo o Governo Federal, os brasileiros que têm refrigeradores e congeladores em ótimo estado de funcionamento não precisam comprar um novo para estar de acordo com a resolução publicada. A medida gera obrigações apenas para os fabricantes, importadores e comercializadores dos equipamentos, que, de acordo com as datas limite definidas, não poderão mais fabricar ou comercializar equipamentos que não atendam aos índices de eficiência energética definidos.

Diante dessas mudanças, a Eletros planeja buscar diálogo com o governo federal para destacar os prejuízos percebidos e buscar revisões nas novas regras. A resolução entra em vigor a partir de janeiro, com o completo ajuste das exigências previsto para 2028.