Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Operação contra grilagem de terra prende 8 pessoas no litoral

Durante todo o dia, delegados federais ouviram 16 pessoas na Delegacia Regional de Parnaíba

13/11/2023 às 17h13

A operação da Polícia Federal contra grilagem de terra desencadeada nesta terça-feira (13) em Cajueiro da Praia, no litoral do Piauí, prendeu oito pessoas suspeitas de envolvimento com o grupo criminoso identificado durante as investigações.

No balanço divulgado na tarde de hoje, a PF informou que além das prisões foram apreendidos celulares, documentos, dinheiro em espécie e uma retroescavadeira. Durante todo o dia, delegados federais ouviram 16 pessoas na Delegacia Regional de Parnaíba.

Agentes da PF participaram ainda da destruição de edificações clandestinas nas áreas de grilagem de terra. A estimativa é que já foi devolvida à União a posse de cerca de 82 hectares de terra. 

Grilagem de terra  - (Divulgação / PF) Divulgação / PF
Grilagem de terra

A OPERAÇÃO

A operação apura o cometimento de supostos crimes ambientais e invasão de loteamento de terras pertencentes à União no município de Cajueiro da Praia. As investigações apontam que as invasões de terras de propriedade da União foram invadidas no começo de 2020 e que os acusados destruíam cercas e estabeleciam novos marcos territoriais sem o conhecimento da Secretaria de Patrimônio da União (SPU).

A quadrilha também costumava entrar com pedidos de utilização de imóvel junto à SPU apresentando documentos falsos. As terras da União foram vendidas em duplicidade, foram levantadas casas de fachada e feitas pequenas plantações a fim de justificar a posse antiga nas terras esbulhadas [apropriadas de forma ilegal.

Foram ajuizadas ações de reintegração de posse na Comarca de Luís Correia e registrados Boletins de Ocorrência na Polícia Civil por conta das invasões promovidas pelos investigados. A Polícia Federal detectou, durante estas ações, que a quadrilha criava associações de moradores para mascarar as invasões ilegais das terras pertencentes à União alegando que os lotes eram usados há anos por comunidades tradicionais para a atividade agrícola.