Forças de segurança do Piauí prenderam, nesta sexta-feira (1º), dois homens suspeitos de provocar um incêndio de grandes proporções no município de Canto do Buriti, no Sul do Estado. A área devastada pelo fogo foi equivalente a 9.012 hectares – cerca de oito mil campos de futebol.
Segundo a polícia, a dupla também é investigada pelos crimes de organização criminosa, destruição de florestas preservadas, ameaça e posse ilegal de arma de fogo. Após a prisão, eles foram conduzidos à Delegacia de Bom Jesus.
O incêndio provocado se concentrou no Povoado Santa Clara, em Canto do Buriti, mas atingiu áreas de outras cinco cidades da região: Elizeu Martins, Colônia do Gurguéia, Alvorada do Gurguéia, Manoel Emídio e Sebastião Leal. A área atingida fica a apenas 12 km da Serra das Confusões, uma unidade de conservação e proteção à natureza.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semarh), o fogo se alastrou por 17 dias até serem controlados pela equipe Operacional do Corpo de Bombeiros. Ao todo, 36 pessoas participaram da operação, incluindo bombeiros militares, brigadistas e agentes do Ibama.
Investigações
Na última segunda-feira (28), o governador Rafael Fonteles se reuniu com o secretário de segurança, Chico Lucas, onde foi decretado a abertura de um inquérito para investigar as causas do incêndio em Canto do Buriti. Além disso, ficou determinado que sejam identificados e penalizados aqueles que pratiquem queimadas criminosas no Estado, principalmente no cerrado piauiense.
“Nós percebemos que a maioria dos incêndios têm como causa o ser humano que provoca o fogo e vamos motivar a polícia civil junto com a polícia científica, inclusive com a perícia, para identificar se a causa foi ou não criminosa. Aqueles que estiverem cometendo esse tipo de crime serão responsabilizados”, afirmou o secretário de segurança, Chico Lucas.