Os pacientes de Manaus que chegarão a Teresina na noite desta quinta-feira (14) para o tratamento da Covid-19 estão estáveis e necessitam de oxigênio. A informação foi confirmada pelo superintendente do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI) Paulo Márcio em entrevista ao Sistema O Dia.
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Segundo ele, a rede de saúde de Manaus deve colapsar nos próximos e pode faltar oxigênio para os pacientes. Como medida de prevenção, o Ministério da Saúde decidiu garantir a segurança no tratamento transferindo esses pacientes para locais onde a taxa de ocupação dos Covid-19 estejam baixos.
Paulo Márcio, superintendente do HU (Foto: Jailson Soares / O Dia)
“São 30 pacientes estáveis que estão vindo para o Piauí porque precisam de oxigênio e o quantitativo de oxigênio de Manaus pode colapsar. Antes disso acontecer o Ministério da Saúde está solicitando a transferência desses pacientes. A preferência foi para hospitais federais e nosso hospital está com a quantidade baixa de paciente da Covid. Não nos pegou de surpresa, nós estávamos preparados para isso”, revelou.
Leitos destinados no HU para pacientes de Manaus (Foto: Jailson Soares / O Dia)
Paulo Márcio comentou que o Hospital Universitário teve 68 leitos destinados para o tratamento da doença no período mais crítico da pandemia. Atualmente, apenas três pacientes da Covid-19 são tratados na unidade. O superintendente defende a oferta de tratamento para os pacientes de Manaus e afirmou que essa é uma responsabilidade com o Brasil.
“O Hospital Universitário tem apenas três pacientes de Covid-19. Tivemos no passado 68 leitos disponíveis para Covid-19. Ofertar 30 leitos a Manaus não é apenas ofertar 30 leitos de hospital, são 30 expectativas de vida. São pais, mães, filhos que estão largando suas casas para se entregar a médicos e hospital que eles nem conhecem. Nossa responsabilidade, nossa missão com a nação é grande”, disse.
Atraso na chegada
O superintendente explicou que o atraso na
chegada dos pacientes foi motivada pela quantidade de oxigênio disponível no avião
da Força Aérea Brasileira que irá realizar o transporte. “Eles
queriam uma quantidade que desse para vir e voltar caso o avião precisasse.
Portanto, os pacientes só serão trazidos quando tivermos a garantia desse
oxigênio”, finalizou.