O governador Wellington Dias pediu calma para a população
após a chegada de mais uma cepa do novo Coronavírus no Brasil. A variante Ômicron
foi detectada em território brasileiro na última quinta (02) e confirmada pelo
Ministério da Saúde em cinco pacientes que estiveram no exterior, três
pessoas em São Paulo e dois no Distrito Federal. São quatro homens e uma
mulher, todos vacinados contra a covid-19. Eles estão isolados e pelo menos um
apresenta sintomas leves. A maioria está assintomática. De acordo com a pasta, há ainda oito casos da
variante em investigação no país, sendo um em Minas Gerais, um no Rio de Janeiro e seis no Distrito Federal. No Piauí até o
momento nenhum indício da presença da nova cepa foi apontado. Especialistas ainda avaliam com incerteza a nova cepa do vírus.
A variante Ômicron foi relatada pela primeira vez à OMS pela África do Sul no dia 24 de novembro. Já
no dia 26 de novembro, a OMS classificou a linhagem como variante de
preocupação. Um dos principais motivos da apreensão é pela quantidade de
mutações que podem trazer a nova linhagem maior transmissibilidade, além de afetar
a eficácia das vacinas.
O governador Wellington Dias explicou que já se reuniu com o
consórcio Nordeste para discutir a presença da nova cepa do Vírus no Brasil,
porém criticou o pânico exacerbado que começa a se criar no país. “Fizemos uma
primeira agenda com o Comitê Científico do Nordeste e agora estamos integrados
com a Fiocruz o Instituto Butantan Há a necessidade, como dizem os cientistas,
da gente não espalhar pânico. Já tivemos outras variantes, a variante Delta,
outras variantes da Índia. A medida do tempo se comprovou que todas elas eram
variantes que também eram controladas pelas vacinas aplicadas. Um primeiro
estudo da vacina Pfizer mostra uma eficácia em relação a essa variante de 96%,
a universidade de Oxford está fazendo também sobre a AstraZeneca” afirmou o
governador.
Wellington ainda cobrou a aceleração da aprovação de
medicamentos e a redução no prazo para a aplicação da dose de reforço em toda a
população. “Agora temos que manter regras como a máscara, distanciamento social,
eventos com maior controle. A expectativa é o reconhecimento de medicamentos,
tanto da Pfizer quanto da AstraZeneca e acelerar a vacinação. Foi uma medida
acertada puxar para quatro meses o intervalo da dose de reforço, ao mesmo tempo
você tem mais de 80% da população vacinada, pessoas tomando a segunda dose, a
dose de reforço, temos uma tendência muita grande de ser uma prevenção.
Apoiamos a Anvisa no controle, da entrada do Brasil e não só a exigência do
passaporte de vacinação, mas também a exigência de comprovação do teste
negativo e triagem na entrada”, finalizou o governador.

FOTO: Assis Fernandes/ODIA
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