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Piauí: 110 profissionais da saúde pública já foram infectados pela Covid-19

Levantamento foi feito pelo SINDESPI, que pagamento de adicional de periculosidade à categoria durante a pandemia

15/05/2020 16:12

Cerca de 110 trabalhadores da saúde pública estadual contraíram o novo coronavírus (Covid-19), é o que aponta um levantamento realizado pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde Pública do Piauí (SINDESPI), com dados coletados até esta sexta-feira (15).

Piauí registra 100 profissionais da saúde infectados pela Covid-19 (Fonte: SINDESPI)

De acordo com a entidade, que representa diversas categorias que atuam na saúde pública piauiense, o problema de contaminação está concentrado na estrutura hospitalar estadual na capital, embora também existam casos em unidades localizadas em municípios do interior.


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Maioria dos casos estão em unidades de Teresina, mas também há servidores contaminados em hospitais do interior do estado (Fonte: SINDESPI)

Para Geane Sousa, presidenta do SINDESPI, os números tendem a crescer e revelam o quanto esses profissionais, na linha de frente no combate a pandemia, estão vulneráveis à doença. A sindicalista acredita que o cenário pode ser ainda pior, dada a subnotificação dos casos. 

“Esses trabalhadores são heróis e mais do que palmas, precisam de reconhecimento e proteção. Estamos acompanhando os casos e muitos nem são informados oficialmente, buscamos informações entre os colegas e recebemos denúncias de vários municípios”, afirma Sousa.

Através da assessoria, a Secretaria Estadual de Saúde (SESAPI) informou os casos de profissionais de saúdes contaminados pela Covid-19 são monitorados pela pasta por meio das notificações dos hospitais ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS). "Os profissionais passam por uma triagem para verificar a existência de sintomas respiratórios e é indicado o isolamento domiciliar. O ambiente de trabalho também passa por sanitização", esclarece a nota.

Geane Sousa, presidenta do SINDESPI (Foto: O DIA)

Por conta disso, o SINDESPI solicitou ao Governo do Estado o percentual de 40% para o pagamento do adicional de periculosidade aos trabalhadores da saúde, inclusive os contratados por chamamento público, durante toda a pandemia mas diz que as demandas foram ignoradas pela administração estadual.


Por: Breno Cavalcante
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