O que era para ser uma
solução na mobilidade
urbana tem se tornado um
verdadeiro problema para
quem mora na zona Sul de
Teresina, nas proximidades
da Vila da Paz. A obra do
prolongamento da Avenida
Barão de Castelo Branco
ainda não foi entregue e o
trecho segue interditado.
Mesmo assim, todos os dias,
motoristas e motociclistas
insistem em utilizar a via de
forma irregular, o que gera
acidentes e muitas reclamações
por parte dos moradores.
Foto: Assis Fernandes/ODIA
A obra foi executada pelo
Departamento de Estradas
e Rodagens do Piauí (DERPI)
e tem como objetivo facilitar
o trajeto entre a Avenida
Gil Martins e Avenida
Getúlio Vargas. Apesar de
estar com o asfaltamento
concluído, o trecho permanece
sem sinalização e sem
iluminação.
Para evitar que os motoristas
utilizem a via, foram
colocadas barreiras. No cruzamento
com a Avenida Gil
Martins, a cerca de arame,
que era utilizada para conter
o fluxo de veículos, foi retirada
pelos motoristas, que
veem na via uma alternativa
para fugir dos congestionamentos
constantes da
região. Já no entroncamento
com a Avenida Getúlio, uma
barreira com pedras e areia
foi colocada na tentativa
de evitar que os motoristas
utilizem o novo trecho da
Avenida Barão de Castelo
Branco.
Por conta na demora na
entrega da obra, motoristas
de veículos de passeio, e até
mesmo de vans, se arriscam
diariamente. Na manhã de
ontem (4), uma van, que
trazia passageiros do interior
do Maranhão, acabou atolando
na barreira de areia.
Os passageiros tiveram que
descer do veículo e o motorista
teve dificuldades para
seguir viagem. Segundo ele,
por não conhecer a cidade
e o fato da via não possuir
sinalização acabaram resultando
no incidente.
Acidentes como o que
aconteceu com esta van são
comuns no trecho do prolongamento
da Avenida Barão
de Castelo Branco. Segundo
os moradores das proximidades,
todos os dias, motoristas
percorrem a via e
cometem diversas infrações
de trânsito, colocando em
risco a vida de quem mora
ou trabalha na região.
“Concluíram a obra, mas
deixaram a gente abandonado.
Não colocaram a sinalização,
nem iluminação.
Praticamente todos os dias,
acontecem acidentes nessa
avenida. Motoristas em alta
velocidade, que não respeitam
os moradores”, desabafa
o morador Raulino Barbosa.
Mais reclamações
Ao longo do prolongamento
da Avenida Barão de
Castelo Branco, nenhum
retorno foi construído, o
que preocupa ainda mais os
moradores, que dizem ser
prejudicados com a forma
que a obra foi realizada.
“Ou a pessoa dá a volta na
avenida inteira, ou tem que
passar por cima do canteiro
central. Muitos motoristas
fazem isso e acabam colocando
em risco os moradores,
principalmente as
crianças”, comenta a moradora
Jaqueline Souza.
Outra reclamação comum
de quem mora ou trabalha
nas proximidades do trecho
onde a obra foi realizada
é em relação à segurança.
Segundo os moradores, a
falta de iluminação facilita
a ação de assaltantes, que
abordam motoristas e motociclistas,
principalmente no
período da noite.
“Depois das 7 da noite
são muitos assaltos. Eles
(assaltantes) aproveitam o
momento em que a pessoa
vai atravessar a barreira
para abordar. Como não tem
iluminação, eles conseguem
fugir facilmente, e a polícia
não consegue prendê-los. Há
muito tempo, enfrentamos
essa situação incômoda”,
pontua o comerciante Francimar
Fernandes, que trabalha
nas proximidades.