O Fundo Russo, que estava negociando o envio de doses da vacina Sputnik ao Brasil, pediu o prazo de 48 horas para avaliar o posicionamento do governo brasileiro em relação ao imunizante. A decisão de rever a entrega da vacina veio depois de uma fala do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmando que a Sputnik não seria mais necessária ao povo brasileiro, porque o país já teria adquirido uma quantidade de vacinas suficiente.
O ministro Marcelo Queiroga disse que a Sputnik não seria mais necessária no Brasil - Foto: Fábio Rodrigues Pozzobom/Agência Brasil
Com a fala do ministro e a decisão do Fundo Russo de reavaliar a negociação, o Piauí, que era um dos estados contemplados com as doses, ficou sem previsão de recebimento da vacina. Durante a reunião ontem à noite (21) com o presidente do Fundo Russo, Kirill Dimitriev, o governador Wellington Dias, que preside o Consórcio Nordeste, pediu que o cronograma de entrega das vacinas seja mantido para o dia 28 de julho.
“O esforço dos governadores do Brasil para que a gente tenha esta vacina tem sido uma corrida de obstáculos. Vencemos um e aparece outro. Ora é a Anvisa, ora uma posição do Ministério da Saúde, como aconteceu agora. O Consórcio Nordeste mantém a posição de inclusão da Sputnik no Plano Nacional de Imunização por entender ser extremamente necessário para a ampliação da vacinação em nosso país. Os governadores se colocaram abertos ao diálogo”, explicou Wellington Dias.
O governador Wellington Dias pediu a manutenção do prazo de entrega da Sputnik - Foto: O Dia
O Consórcio Nordeste oficiou o Ministério da Saúde pedindo um posicionamento forma e expresso de Marcelo Queiroga quanto á decisão de retirar a Sputnik do Plano de Imunização.
Vacina é aplicada em uma dose e poderá imunizar uma cidade inteira do Piauí
Com uma eficácia de 78,6% contra a covid-19 em apenas uma dose, a vacina da Sputnik poderá ser usada para imunizar em massa uma cidade inteira do Piauí. Ao menos é isso o que prevê um estudo conduzido pelo Núcleo de Estudos em Saúde Pública da UFPI (NESP) em parceria com a Fiocruz e o Governo do Estado.
De acordo com o professor Emídio Matos, doutor em Ciências Biomédicas e integrante do NESP, a escolha da cidade que deve receber os imunizantes levará em conta critérios como a incidência de novos casos de covid e a geolocalização. Questões de gestão também deverão ser consideradas. O NESP encaminhará ao poder público as sugestões de municípios aptos a fazerem parte do estudo, a exemplo do que foi feito na cidade paulista de Serrana no início da vacinação no Brasil.
Com a imunização em massa da população adulta desta cidade com a Coronavac, as mortes por covid-19 caíram até 95% no município.
O esforço tem sido uma corrida de obstáculos, vencemos um e aparece outro.,. Ora anvisa, ora uma posição do MS, por isso oficializamos pedindo posicionamento hoje com agenda com os russos, depois que estava tudo acertado pra próxima semana recebermos as vacinas colocaram que precisavam avaliar sobre a situação do MS comum prazo de 48 horas, pediram, e pedimos pra ficar mantido o cronograma de entrega para trabalhar mais vacina e mais vacinação e salvar vidas.