Nos últimos 12 meses a ação de quadrilhas especializadas contra agências bancárias aumentou no Piauí. Segundo, o Grupo de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil do Piauí houve redução de 81% nos assaltos a bancos no Estado de 2015 a 2019. Em 2019 foram registrados 10 casos de assalto a bancos. Já em 2020, as ocorrências voltaram a crescer, ao todo foram 20 assaltos, registrando um aumento de 100%. Em 12 das ocorrências (60%), foram utilizados explosivos que destruíram as agências.
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Deste total, Teresina contabilizou 13 investidas contras bancos, o que representa 65% dos casos no Estado, e os outros sete aconteceram nas cidades de União, Eliseu Martins, Miguel Alves, Altos, Alagoinha, Muricí dos Portelas e Piripiri. No ano de 2015, ocorreram 55 roubos às agências, em 2019 foram registradas 46 casos, no ano de 2017 foi possível contabilizar 41 ocorrências e em 2018, foram 30 assaltos.
A Diretoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP-PI) explica que a pandemia facilitou a ação dos criminosos. “A Policia Militar, por exemplo, teve um número muito grande de policiais afastados sejam preventivamente, por que apresentavam com morbidades, ou por terem contraído covid-19 e precisaram ser afastados. A Policia Civil também não foi muito diferente, e isso impactou as forças de segurança”, diz Delegado Carlos César, Diretor de Inteligência da SSP.
Assalto a bancos no Piauí crescem 100% em 2020. Foto: Reprodução/ Portal Guibués
Já o Sindicato dos Bancários lembra que no Piauí vigora uma lei estadual que trata de forma específica da segurança das agências, mas esse mecanismo não tem surtido efeito, “para mim quem deve investir mais são os próprios bancos, os proprietários ganham bilhões, e se eu tenho superávit em grande escala, por que eu não vou proteger o meu patrimônio? ”, questiona Odaly Medeiros, presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí.
Outro fator preocupante, de acordo com o sindicato, diz respeito a direção dos bancos que preferem pagar seguradoras para cobrir os danos ao invés de investir em segurança preventiva. “O investimento tem que ser segurança preventiva, proteção dos trabalhadores e da sociedade. Para mim esse sistema que eles utilizam das seguradoras na verdade pode estar segurando os direitos das seguradoras. Mas o maior valor que são as unidades bancárias que servem a sociedade não estão sendo protegidas”, finaliza Odaly Medeiros.
Por: Sandy Swamy