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Atividade informal sobe 7,6% no Piauí no terceiro trimestre e reduz taxa de desocupação

Mais de 27 mil pessoas passaram a trabalhar por conta própria sem registro de sua atividade no CNPJ.

30/11/2021 09:36

No terceiro trimestre de 2021, a recuperação do mercado de trabalho no Piauí veio estreitamente ligada a um aumento da atividade informalCom relação à atividade informal no Piauí, destaca-se o aumento de pessoas que trabalham por conta própria sem registro de sua atividade no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), da Secretaria da Receita Federal, que passou de 356 mil pessoas no segundo trimestre de 2021 para cerca de 383 mil pessoas, um aumento de 27 mil pessoas a mais nesse segmento de atividade, o que equivale a uma elevação de 7,6% no período.

Chama a atenção o aumento de pessoas trabalhando no setor privado da economia, sem carteira de trabalho assinada, que saltou de 188 mil pessoas ocupadas no segundo trimestre de 2021, para cerca de 213 mil pessoas, um aumento de 25 mil pessoas na ocupação, o equivalente a uma elevação de 13,1% entre os dois trimestres.

As informações do mercado de trabalho do país, referentes ao terceiro trimestre de 2021, foram obtidas através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

(Foto: Assis Fernandes/ODIA)

Se compararmos o terceiro trimestre de 2021 com o mesmo trimestre do ano passado, quando era maior o efeito das restrições sanitárias por conta da pandemia da Covid-19, perceberemos que o incremento da atividade informal por conta própria foi ainda maior, saltando de 306 mil pessoas ocupadas para 383 mil pessoas, um aumento de 77 mil pessoas ocupadas no período, o que equivale a um aumento de 25,3%.

Com o recente relaxamento das restrições sanitárias em razão da redução expressiva dos casos de Covid 19, percebe-se no mercado de trabalho piauiense um crescimento no número de pessoas na “força de trabalho” (conceito que abrange as pessoas já ocupadas, bem como aquelas sem trabalho mas em busca de uma ocupação).

No terceiro trimestre de 2020, havia 1,31 milhão de pessoas na força de trabalho do estado, número que passou para 1,45 milhão de pessoas no terceiro trimestre de 2021, um aumento de cerca de 132 mil pessoas, o equivalente a uma elevação de 10% no período.

Principais atividades

O crescimento da ocupação no mercado de trabalho piauiense, no terceiro trimestre de 2021, teve proeminência em alguns setores da economia, como o setor do comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, que tinha 238 mil pessoas ocupadas no segundo trimestre de 2021 e passou para 266 mil pessoas, um aumento de 28 mil pessoas, o equivalente a 11,6% de aumento.

Na sequência, temos que o setor de alojamento e alimentação, que tinha cerca de 53 mil pessoas ocupadas no segundo trimestre de 2021 e passou para 73 mil pessoas ocupadas, um aumento de 20 mil pessoas, o que equivale a uma elevação de 36,1%.

Outro destaque foi o setor da indústria geral, que apresentava 72 mil pessoas ocupadas no segundo trimestre de 2021 e passou para cerca de 90 mil pessoas, um aumento de 18 mil pessoas, o equivalente a uma elevação da ordem de 24,8%.

Reduz a desocupação do Piauí no terceiro trimestre do ano

O terceiro trimestre de 2021 apresentou uma queda na taxa de desocupação no Piauí, registrando 11,9% de pessoas desocupadas no estado. No trimestre anterior, esse indicador havia sido de 15,3%, o que significa uma queda de 3,4 pontos percentuais. Em termos quantitativos, no terceiro trimestre do ano, havia 173 mil pessoas desocupadas no estado, cerca de 48 mil a menos que no segundo trimestre.

O Brasil também apresentou uma redução na taxa de desocupação no período, reduzindo de 14,2% no segundo trimestre de 2021, para 12,6% no terceiro trimestre, o que equivale a uma diminuição de 1,6 ponto percentual. Em termos quantitativos, no terceiro trimestre havia 13,4 milhões de pessoas desocupadas no país, cerca de 1,3 milhão a menos que no trimestre anterior.

A taxa de desocupação do Piauí (11,9%) ficou abaixo da média apresentada para o país (14,2%), e é a menor do Nordeste e a 16ª. maior do país. A maior taxa de desocupação foi a do estado de Pernambuco (19,3%) e a menor a de Santa Catarina (5,3%).

Fonte: Com informações do IBGE
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