O Piauí é o primeiro estado brasileiro a concluir a 1ª etapa do Censo Demográfico 2022. A informação foi confirmada pelo IBGE nesta sexta-feira (02) durante a apresentação dos dados coletados até o momento. Ao todo, esta primeira etapa do censo do IBGE recenseou 3.159.583 piauienses e registrou 1.884.583 endereços. Destes, 1.411.889 são domicílios particulares permanentes, 1.565 são domicílios coletivos e 703 são domicílios improvisados. Os dados foram coletados até o dia 30 de novembro.
De acordo com o IBGE, dos domicílios particulares visitados pelos recenseadores, 1.065.672 estavam ocupados, 207.590 estavam vagos e 138.627 eram de uso apenas ocasional.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
Comunidades tradicionais também foram recenseadas
O IBGE recenseou nesta primeira etapa do Censo Demográfico 7.063 pessoas que se autodeclararam indígenas no Piauí. Em todo o estado, 153 municípios tiveram ao menos uma pessoa indígena recenseada. Pela primeira vez, os quilombolas estão sendo pesquisados no censo demográfico. Já foram recenseadas 31.384 pessoas. No Piauí, em 77 municípios pelo menos uma pessoa quilombola foi recenseada.
Para o presidente do IBGE, Eduardo Luiz Gonçalves Rios Neto, os dados coletados até o momento são fundamentais para conhecer a realidade do Piauí e do Brasil no todo e traças políticas públicas mais direcionadas. “A função primordial do censo é gerar um denominador de todas as políticas públicas, que é a população. É medir a população por sexo e idade e isso está sendo muito bem feito”, explicou Eduardo.
Eduardo Luiz Gonçalves é presidente do IBGE - Foto: Tarcio Cruz/O Dia
Ele ressaltou que o Censo Demográfico 2022, embora tenha sido feito com anos de atraso por conta de impeditivos orçamentários, trouxe uma novidade que vai acrescentar bastante na fidelidade dos dados: a captura das coordenadas geográficas de todos os domicílios.
“Claro que vamos respeitas a privacidade. Para o IBGE, o sigilo estatístico é cláusula pétrea. Mas hoje, nós vamos sair desse censo com todas as casas mapeadas no GPS. Isso, para política pública, vai ser muito importante. Você identificar, por exemplo, se tiver um deslizamento de terra e excesso de chuva, nós vamos ser capazes de mostrar quais pontinhos que foram soterrados. A gente tem tudo isso mapeado. Isso nunca existiu e acho que poucos lugares do mundo fizeram um censo com essa qualidade”, finaliza o presidente do IBGE.