O momento que se vive é de incertezas, sobretudo quanto à situação econômica pela qual passa o país, estados e municípios. Aqui em Teresina, a situação não é diferente. Com o comércio fechado, ruas pouco movimentadas, o fluxo de pessoas utilizando o transporte público tem reduzido consideravelmente e isso afeta também os empresários e trabalhadores do setor.
Nesta quarta-feira (15), o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Transporte Rodoviário de Teresina (Sintetro) denunciou que cerca de mil trabalhadores do setor estão com seus empregos ameaçados e correm o risco de serem demitidos. A informação foi repassada pelo presidente da entidade, Fernando Feijão.
“Não são só motoristas e cobradores, tem também pessoal de manutenção e pessoaL de escritório. Todo mundo entra. São trabalhadores que não vão ter direito a multa rescisória de 40% e as empresas ainda estão propondo o parcelamento dos direitos desses profissionais, que já são poucos”, disse o presidente da entidade.
O Sintetro está negociando com os empresários para evitar que essa demissão em massa aconteça. Uma das alternativas é que as empresas adotem o que diz a Medida Provisória nº 936, que permite a redução da carga horária e dos salários dos colaboradores, além da suspensão temporária do contrato de trabalho no lugar da demissão. No caso de redução salarial e suspensão contratual, caberá ao governo federal compensar a perda do trabalhador em sua remuneração.
A entidade representante dos trabalhadores do transporte público disse que vai recorrer da proposta dos empresários junto ao Ministério Público e à Delegacia Regional do Trabalho.
O outro lado
Procurado, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (Setut) disse que não vai se pronunciar no momento, porque as negociações ainda estão acontecendo dentro de cada uma das empresas individualmente com seus respectivos trabalhadores. A entidade disse também que ainda não sabe mensurar o número de profissionais que podem ser atingidos.
Por: Maria Clara Estrêla