O
presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Odaly Medeiros, disse em
entrevista ao Bom Dia News, da O Dia TV, nesta segunda-feira (07), que enviou mais
de 60 ofícios às prefeituras do Estado do Piauí, ao governo estadual além de órgãos
ligados à saúde solicitando a inclusão dos bancários no grupo prioritário para
receber a vacina contra a Covid-19. Os profissionais foram classificados como
serviço essencial e estão na ativa desde o início da pandemia.

Foto: Assis Fernandes/ODIA
“Nós
tratamos essa matéria com as autoridades, que declaram que o nosso serviço é
essencial desde o início da pandemia. Os trabalhadores têm cobrado o sindicato
essa imunização, que ainda não aconteceu. Nós temos buscado o viés da política
e o da luta. Nós encaminhamos mais de 60 ofícios às prefeituras do Estado do
Piauí, FMS, Assembleia Legislativa, mas lamentavelmente não conseguimos incluir
a categoria no Programa Nacional de Imunização”, disse.
O
presidente disse ainda que o Piauí registrou números altos de óbitos de
profissionais que atuam no setor. Além disso, o contato com diferentes pessoas
durante o atendimento também tem contribuído para a disseminação do vírus entre
os trabalhadores.
“O
Piauí registrou um nível alto de adoecimento e óbitos da categoria. Por essa
razão, os profissionais estão temerosos a cada dia, pois atendem milhares de
pessoas. Ou seja, somos essenciais para os grandes lucros dos bancos, pela mão
de obra, mas não somos prioridades para a vacinação. Não somos reconhecidos
pelo o Programa Nacional de Imunização e há a possibilidade de cruzarmos os
braços, que é o segundo viés, o da luta, exatamente por esse descaso”,
completou.
A
Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) aprovou três requerimentos que deverão
ser encaminhados ao Comitê de Operações Emergenciais (COE), do Governo do
Piauí, para em seguida ser colocado em discussão no Ministério da Saúde. Ainda
não há uma data para o início da vacinação dos profissionais no Piauí.
Problemas
no atendimento
Questionado
sobre a demora no atendimento por causa da redução de profissionais nas
agências na pandemia, Odaly reconheceu que o número de trabalhadores vem
diminuindo ao longo dos anos. Ele afirmou ainda que os bancos fazem desligamentos
voluntários com os trabalhadores e não repõem a mão de obra.
“A
carência de profissionais no setor é reconhecida por todos nós, mas nos últimos
anos os bancos têm promovido Pedidos de Demissões Voluntárias (PDV) e esse
pessoal não tem sido reposto além de agências fechadas. Enfim, é o encolhimento do setor bancário.
Essa é uma medida inversamente proporcional, pois a medida que os banqueiros
fecham agências e demitem funcionários, a gente tem uma demanda de clientes
maior para pouca mão de obra”, disse.
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