Uma pesquisa intitulada “Inquéritos sorológicos sequenciais em fases iniciais da epidemia de COVID-19: limitações e perspectivas”, foi publicada na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. No artigo, é possível observar que o número de infectados em Teresina, é maior do que as notificações dos órgãos públicos. Atualmente, a capital possui 10.883 casos confirmados e 493 óbitos.
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Os resultados mostraram um aumento acima da média de pessoas com anticorpos do covid-19, na quinta rodada da pesquisa. Isto significa que existe uma subnotificação de casos, onde em uma cidade com 850.000 habitantes, com positividade de 4% dos testes realizados, é possível estimar que existem de 23.800 a 46.750 indivíduos infectados na capital, o que representaria 26 a 51 pessoas infectada para cada caso notificado.
A pesquisa mostra que houve um aumento acima da média de pessoas com anticorpos do covid-19.Gráfico produzido no artigo citado.
O levantamento foi realizado por um grupo de pesquisadores composto pelo Dr. Marcelo Adriano da Cunha e Silva Vieira, Diretoria de Vigilância da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Drª Amaríles de Souza Borba e Maria Clara de Carvalho Melo, da Diretoria de Vigilância da Fundação Municipal de Saúde (FMS); Marilene de Sousa Oliveira, Vanessa Veloso Nunes, Wesllany Sousa Santana e Yara Amorim de Aguiar, do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública da FMS; Rodrigo Moraes Melo, do Instituto de Pesquisa Opinar e a docente e enfermeira Drª Chrystiany Plácido da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
“O artigo publicado faz uma análise das cinco primeiras etapas do inquérito sorológico, realizadas com intervalo de uma semana entre elas, entre 19 de abril e 17 de maio de 2020. Cada rodada consistiu na testagem de 900 indivíduos sob amostragem probabilística estratificada por sexo, faixa etária e distribuição geográfica na cidade, segundo dados do cadastro das famílias nas 78 unidades básicas de saúde da zona urbana da capital”, explica a professora e enfermeira Drª Chrystiany Plácido da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
A docente afirma que pesquisas como essa contribuem para o conhecimento do estado imunológico da população, assim como, é possível estimar o número real de infectados. O que contribui para o planejamento dos gestores públicos.