A Central Única dos Trabalhadores do Piauí (CUT/PI) ajuizou uma ação no Ministério Público do Trabalho para impedir o retorno das atividades escolares presenciais previsto para o dia 22 de setembro. A informação foi confirmada ao Portal O Dia pelo presidente da CUT/PI, Paulo Bezerra.
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A data para o retorno das atividades escolas presenciais foi mantida em reunião realizada nesta quarta-feira (05), pelo comitê formado pelo Governo do Estado, Prefeitura de Teresina e Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Piauí (Sinepe-PI). Segundo as entidades, o retorno das atividades deve continuar obedecendo o calendário de retomada das atividades econômicas e sociais.
Contudo, para o presidente da CUT/PI, o retorno precipitado das aulas pode agravar os índices de contaminação pelo novo coronavírus.
“Por se tratar de uma sala de aula, um espaço tão pequeno para o grupo de alunos, são crianças que vão ficar expostas e levar doenças para os seus pais. O retorno às aulas sem a devida segurança pode prejudicar ainda mais. Estamos preocupados porque, por enquanto a Prefeitura ainda está segurando o retorno, mas se continuar como está agora, os índices de contaminação podem aumentar”, alertou.
Segundo o presidente do Sinepe-PI, Marcelo Siqueira, o retorno das aulas deve ser feito dentro das normas estabelecidas pelo protocolo de segurança da Prefeitura de Teresina e do Governo do Estado.
“A gente tem condição de se organizar, estamos preparando um protocolo para esse retorno e, com base no protocolo dos órgãos estaduais e municipais, será definido qual o percentual de alunos vai voltar”, afirmou.
O Sinepe garantiu ainda que escolas particulares irão acatar a data prevista pelo decreto estadual. Apesar disso, há uma expectativa para uma mudança de cenário, a partir de uma nova reunião a ser realizada no dia 31 de agosto.
Por: Nathalia Amaral