Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Eleição na UFPI: Oposição questiona regulamentação eleitoral e teme parcialidade da comissão

A consulta a comunidade acadêmica ocorrerá em 24 de abril. Pela primeira vez na história, duas mulheres disputarão o cargo em confronto direto.

27/02/2024 às 15h29

27/02/2024 às 19h47

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) passará por um novo processo eleitoral para saber quem será o reitor e seu vice para o quadriênio 2024-2028. A consulta a comunidade acadêmica ocorrerá em 24 de abril. Pela primeira vez na história, duas mulheres disputarão o cargo em confronto direto. No entanto, o processo para a escolha passa por polêmicas e acusações.

O atual reitor, Gildásio Guedes, e o vice, Viriato Campelo, não vão disputar a reeleição. Entretanto, duas chapas já estão em articulação sobre o pleito eleitoral. Uma delas é composta por Lívia Nery para reitora e vice Welter Cantanhêde. Pela oposição, a chapa também já está definida: Nadir Nogueira será a candidata à reitora e tem como vice Edmilson Miranda.

Eleição na UFPI: Oposição questiona regulamentação eleitoral e teme parcialidade da comissão - (Arquivo / O DIA) Arquivo / O DIA
Eleição na UFPI: Oposição questiona regulamentação eleitoral e teme parcialidade da comissão

O grupo da chapa liderada pela professora Nadir, porém, divulgou uma carta pública em que questiona a atual gestão superior da UFPI e cita possíveis processos arbitrários que segundo grupo, prejudica a campanha eleitoral. Um desses imbróglios apontados pela oposição tem relação a primeira etapa do processo eleitoral, a consulta pública dos candidatos.

O professor Emídio Matos cita que o processo de consulta acadêmica deveria utilizar as urnas eleitorais cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, como é uma prática que ocorre em outras instituições.

Primeiro tem o processo de consulta a comunidade, onde o eleitorado vai dizer quem ele prefere. Estamos questionando do porquê não fazer a eleição pela urna eletrônica do TRE? Que é segura, testada e confiável? Há uma preocupação quanto ao sigilo do voto. Do jeito que estão propondo, de maneira virtual, não se tem o controle de quem de fato vai votar

Emídio MatosProfessor da UFPI

O grupo de oposição denuncia ainda que há outros atos discricionários no processo, como a redução do tempo da campanha eleitoral e a escolha de uma comissão eleitoral sem ouvir a comunidade.

“Questionamos também sobre a comissão eleitoral. No regimento da Universidade, ele diz que numa reunião extraordinária do conselho só pode ser discutido o que está na pauta. E na última reunião estava a resolução da reunião e não tinha na pauta a escolha da comissão eleitoral”, relata Emídio Matos.

A oposição teme que haja um alinhamento da comissão eleitoral com a atual gestão da UFPI, o que pode beneficiar a candidatura da situação.

Oposição pontua sobre o uso das urnas eletrônicas no processo eleitoral - (Ascom / TSE) Ascom / TSE
Oposição pontua sobre o uso das urnas eletrônicas no processo eleitoral

Processo eleitoral

No dia 24 de abril, docentes, técnicos administrativos e os estudantes poderão ter acesso à consulta pública quanto aos nomes na disputa pela gestão da UFPI. Passado esse processo, o resultado é encaminhado ao Conselho Universitário para nova votação, que definirá a lista tríplice com três nomes. Por fim, a lista será enviada ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá escolher um novo reitor ou reitora.

Outro lado

A reportagem do O Dia entrou em contato com a assessoria de comunicação da UFPI. Até a publicação desta matéria ainda não havíamos obtido retorno. O espaço segue aberto para esclarecimentos.