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Em julho, Piauí foi o segundo estado onde mais pessoas deixaram o home office

Estudo do Ipea mostra o predomínio do setor formal e de trabalhadores mais qualificados em home office

22/09/2020 09:34

Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta segunda-feira (21), revela que o Piauí (1,8%) ficou em sétimo lugar entre os estados com menor índice de pessoas ocupadas em trabalho remoto no mês de julho. Mesmo com o baixo índice, o Estado foi o segundo que mais teve queda de pessoas em trabalho remoto (4%), ou seja, que precisaram retornar às atividades, atrás apenas do Espirito Santo (6%).

Observando o percentual de trabalhadores não afastados executando suas atividades laborais de maneira remota por Unidade da Federação, não há alterações na posição dos cinco estados que estão apresentando os maiores percentuais, que continuam sendo Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba e Ceará, mesmo com todos apresentando quedas em relação ao mês anterior. Apenas os quatro primeiros exibiram percentuais superiores à média nacional.

Leia também: Home office no Piauí: 79 mil profissionais ainda estão trabalhando de casa 

Ao mesmo tempo, o Pará segue sendo o estado com o menor percentual de pessoas ocupadas e não afastadas em trabalho remoto, com 3,1%, ou seja, 8,6% abaixo da média nacional. O Espírito Santo foi o estado que perdeu mais posições no ordenamento, seguido por Piauí, Goiás e Amapá. Em contrapartida, Bahia, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Alagoas foram os estados que mais ganharam posições.

No Brasil, o total de pessoas em trabalho remoto no Brasil caiu de 8,7 milhões em junho para 8,4 milhões em julho. Desse total, 7,06 milhões, o equivalente a 84,1%, são trabalhadores formais. O Espírito Santo foi o estado que perdeu mais posições no ordenamento, seguido por Piauí, Goiás e Amapá, como ilustra o gráfico 13. Em contrapartida, Bahia, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Alagoas foram os estados que mais ganharam posições

Perfil dos trabalhadores

O trabalho remoto nos setores formal e informal na pandemia mostra que a maioria das pessoas em trabalho remoto são mulheres (55,7%), pessoas de cor brancas (64,5%) e com idade de 30 a 39 anos (32,1%). Além disso, mais de 70% das pessoas em home office possuem nível superior completo, mostrando um predomínio de profissionais com maior qualificação: o grupo de Profissionais das ciências e intelectuais, equivale a 51% de todos os trabalhadores em forma remota.

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em contrapartida, grupos ocupacionais de caráter mais operacionais apresentaram menores percentuais de força de trabalho em home office em julho. É o caso de trabalhadores agrícolas, artesãos, operadores de máquinas, vendedores e trabalhadores do comércio e membros de Forças Armadas, policiais militares e bombeiros militares.

A distribuição regional do trabalho remoto indica algumas diferenças no país. A maioria dos trabalhadores remotos encontram-se no Sudeste (57,9%), seguido pelo Nordeste (16,8%), Sul (14,8%), Centro-Oeste (7,5%) e o Norte (3%).

Por: Isabela Lopes
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