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Entidades cobram da Justiça celeridade para tirar embargo de obra de hospital

As obras do Centro de Referência Médica de Picos estão paradas há três anos e tanto profissionais, quanto pacientes, querem uma solução para o problema de modo a desafogar a demanda do Hospital Justino Luz.

17/12/2018 18:00

As obras do Centro de Referência Médica de Picos, mais conhecido como Hospital Regional, foram iniciadas, mas estão paradas há mais de três anos devido a irregularidades em licitações. No último dia 11, a Câmara de Vereadores da cidade realizou uma audiência pública para discutir o problema e nesta segunda-feira (17), o Sindicato dos Médicos da Macrorregião de Picos e a Força Tarefa Popular fizeram uma manifestação para chamar a atenção das autoridades e cobrar da Justiça agilidade no processo envolvendo o embargo da obra.

De acordo com o vereador Wellington Dantas (PT), o juiz que está com o caso, Rodrigo Ribeiro, determinou a realização de uma perícia no canteiro de obras e já está de posse de toda a documentação. “Ficou constatado que o estado havia irregularidades junto à empresa que perdeu o contrato da obra e cabe ao juiz liberar o canteiro de obras para a nova empresa licitada pelo estado para que a construção continue”, afirmou o parlamentar do Município de Picos. Wellington acrescenta ainda que o novo hospital regional de Picos deverá funcionar também como hospital escola para os estudantes de Medicina da Ufpi da cidade.

A expectativa é que o novo hospital regional de Picos, quando concluído, possa desafogar a alta demanda de pacientes nos hospitais de Teresina, especialmente o HUT e o Hospital Getúlio Vargas. Segundo as estimativas do Sindicato dos Médicos, são atendidos 250 pacientes por dia no Hospital Justino Luz, a única unidade regional do município. “São cerca de cinco transferências por dia do hospital para Teresina porque não há condições de tratar casos de média e alta complexidade”, pontua o presidente do Sindicato dos Médicos, José Almeida.

O levantamento da entidade aponta que a macrorregião de Picos possui, atualmente, mais de 150 médicos de praticamente todas as especialidades e que, junto com as cidades em seu entorno, o município reponde pelo segundo maior polo de saúde do Piauí, com cerca de 500 mil habitantes. Daí a necessidade de uma unidade hospitalar maior para abrigar todos os profissionais atender a toda essa demanda.

É o que pontua o coordenador da Força Tarefa Popular, Arimateia Dantas. “Em Picos, detectamos um hospital parado e vimos que o outro funciona precariamente. Há muitas pessoas precisando de atendimento e profissionais querendo ajudar, mas sem condições. Encontramos o hospital regional tomado pelo mato, mesmo tendo recursos em caixa”, disse.

A Força Tarefa, junto com o Sindicato do Médicos da Macrorregião de Picos e representantes da Câmara Municipal da cidade tentam marcar uma reunião com o juiz Rodrigo Ribeiro para tentar dar uma solução para o problema, mas o encontro ainda não tem data para acontecer.

Por: Maria Clara Estrêla
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