O secretário de Estado da
Cultura, Fábio Novo, recebe
hoje (11) representantes da
Liga das Escolas Independentes de Teresina para tratar
sobre possível apoio para realização dos desfiles na capital.
No entanto, ao O DIA, o secretário adiantou que a pasta
não vai destinar recursos de
orçamento próprio para festas de carnaval, que são de
responsabilidade dos municípios.
Fábio novo diz que responsabilidade do carnaval é dos municípios e sugere recursos de emendas (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)
Apesar de informar que não
tem recursos para repassar à
Liga das Escolas Independentes de Teresina, Fábio Novo
afirmou que, durante a reunião, vai orientar à Liga a procurar parlamentares estaduais,
que podem destinar recursos
de emenda impositiva para as
festividades de carnaval. “Não
podemos tomar uma responsabilidade que não nos compete. Os carnavais são festas
municipais. Como não temos
dinheiro para promover carnaval em todas as cidades do
Piauí, não é justo entregar
recursos para realizar só aqui
em Teresina. Agora, se um
deputado destinar emenda,
faremos todo o esforço para
rápida liberação da verba”,
pontuou o secretário.
Nesta semana, a Prefeitura
de Teresina divulgou a decisão de não fazer repasse financeiro as escolas de samba em
2017. Sem recursos, organizadores temem que não haja o
tradicional desfile. O vereador
Dudu (PT) tenta um acordo
entre diretores de escolas e o
poder público para tentar viabilizar a festa popular. A Prefeitura de Teresina alegou a escassez de recursos financeiros
como motivo para não repassar o dinheiro. As escolas de
samba argumentam que precisam de aproximadamente R$
600 mil para organizarem as
apresentações.
“Não vamos ser irresponsáveis de dizer que não há um
arrocho financeiro, mas tirar
a verba de uma festa popular
não é a solução. Queremos
encontrar um caminho que
permita que a festa aconteça”,
esclareceu Dudu, acrescentando que na reunião com Fábio
Novo, vai pedir que ele faça o
intermédio com a Prefeitura e
encontre a solução para que a
festa popular continue. “É preciso que haja o entendimento
de que cultura não é gasto e
sim investimento”, ressaltou o
parlamentar.
Por: João Magallhães