Após reunião com o Comitê de Operações Emergenciais (COE) de combate ao novo coronavírus (Covid-19) na tarde desta terça-feira (19), o governador Wellington Dias (PT) anunciou uma série de novas medidas para assegurar o enfrentamento da doença em todo o estado, que iniciou sua campanha de vacinação na última segunda-feira (18) após receber o primeiro lote de imunizantes.
(Foto: Arquivo/ODIA)
Uma delas é a suspensão do Carnaval 2021 e o cancelamento dos pontos facultativos previstos em edições anteriores dos dias de folia, medida semelhante a adotada pela Prefeitura de Teresina e de outras cidades do interior. Segundo o gestor, a intenção é evitar as aglomerações dos blocos e festas carnavalescas como forma de resguardar a rede pública de saúde de um eventual colapso.
“Temos uma situação em que há alta transmissibilidade, alto risco e ampliação do adoecimento. Isso poderia levar colapso a algumas regiões de saúde, portanto, é melhor evitar (...) estou suspendendo o ponto facultativo da segunda e na quarta-feira de carnaval, para garantir que as pessoas cumpram o protocolo Todas as equipes de vigilância sanitária estão integradas para salvar vidas”, explica Dias.
Segundo o governador, a decisão leva em conta um aumento dos números relacionados à Covid-19 no estado, que tiveram um crescimento nas últimas semanas. Na avaliação da gestão estadual, a expansão da doença nos municípios piauienses é reflexo às festividades natalinas e de fim de ano. Por conta disso, a rede hospitalar receberá o incremento de 40 novos leitos, espalhados tanto na capital como no interior.
“Já estamos há uma semana com aumento de média móvel de casos de 30% a 40% por dia e estamos vivendo uma situação com a taxa de ocupação de leitos de UTI de 66% em todo o estado. Se levarmos em consideração apenas a capital Teresina, temos 73% de taxa de ocupação; níveis de alerta. Então, nossa maior preocupação é reorganizar a Rede de Saúde para ampliar essa quantidade de leitos, mas temos uma séria dificuldade com relação a espaço físico e equipes de saúde, que estão exaustos, por isso precisamos do auxílio da população”, frisou o médico José Noronha, coordenador do COE.
Por: Breno Cavalcante, com informações da CCom