A ocupação no prédio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), órgão representante do Ministério da Cultura no Piauí, continua resistente após 11 dias de movimento. O grupo com cerca de 30 pessoas, entre atores, músicos, estudantes e artistas em geral, se reveza durante todo o dia pelos cômodos do prédio, onde realizam várias programações culturais.
Em campanha nas redes sociais, o movimento #OcupaMincPI pede o apoio da população, solicitando doações de alimentos e produtos de limpeza. Dentre os itens pedidos, estão quentinhas, sucos, café, sacos para lixo e papel higiênico. O material pode ser entregue diretamente na sede do IPHAN, na Rua Magalhães Filho, 779, no cruzamento com a Avenida Campos Sales.
"Vamos para o décimo segundo dia de ocupação, e nosso movimento também vive de arrecadação de doações. Estamos com campanha nas redes sociais para pedir alimentos e produtos de limpeza. As pessoas podem vir deixar aqui mesmo na sede do IPHAN, e podem vir pras nossas atividades culturais", ressaltou o ator Francisco Pelé, integrante do movimento #OcupaMincPI.
A sede do IPHAN foi ocupada na manhã do dia 23 de maio, por artistas do Piauí. As manifestações estão ocorrendo em todo o Brasil, desde que o presidente interino Michel Temer (PMDB) anunciou o fim do Ministério da Cultura. Mesmo após o anúncio da volta do Ministério, os artistas decidiram manter o protesto contra o presidente interino.
Ainda de acordo com Pelé, durante uma plenária realizada ontem (01), o grupo decidiu manter a ocupação e as programações culturais no espaço. "Continuamos resistentes e firmes. Decidimos continuar com o movimento, no Brasil todo nenhuma ocupação saiu", afirmou. Segundo ele, o prédio do IPHAN de São Raimundo Nonato também continua ocupado.
As programações culturais continuam durante a ocupação, com realização de palestras, aulas de teatro, dança e exibição de filmes. Debates sobre a conjuntura política também fazem parte do movimento. Nesta quinta-feira (02), haverá rodas de conversas, apresentação e oficina de capoeira, além de exibição de filmes.
Edição: Nayara FelizardoPor: Marcos Cunha (estagiário)