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Imepi fiscaliza venda de gás de cozinha na zona Leste de Teresina

Desde o início do ano, mais de 120 depósitos já foram fiscalizados em todo o Piauí.

14/07/2015 07:04

O Instituto de Metrologia do Estado do Piauí (Imepi) realiza, desde a última quarta-feira (8), uma operação especial para fiscalizar a comercialização de botijão de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) em Teresina. A ação, que segue até o dia 31 de julho, está sendo feita após requerimento da Câmara dos Vereadores, que recebeu inúmeras denúncias de moradores que estavam se sentindo lesados com a venda do gás de cozinha. 

O objetivo da operação é identificar se a venda desse produto está sendo feita de forma irregular em alguns depósitos. Segundo Maycom Danilo, diretor do Imepi, alguns populares reclamaram da duração do gás, “que antes tinha duração de 30, 45 dias e, de acordo com esses clientes, só está durando 25 dias”. A partir dessa denúncia, a fiscalização foi intensificada. 

Desde o início do ano, mais de 120 depósitos já foram fiscalizados em todo o Piauí. Um exemplo foi na cidade de Picos, onde dos nove pontos de venda que o Imepi vistoriou, dois apresentaram irregularidades. No dia 8, iniciou a fiscalização, de três depósitos vistoriados, um estava irregular. 

Foto: Elias Fontenele/ ODIA

“Nós interceptamos um entregador, que estava irregular, e vimos botijões que não estavam com o peso condizente, que é de 13 kg, e o tolerável é de 12,650 kg. Nós temos encontrado muitas irregularidades com relação ao quantitativo, que está muito baixo, e o consumidor só sente no final do mês”, disse. 

Algumas medidas já estão sendo tomada e multas já foram aplicadas, inclusive com alguns botijões irregulares sendo lacrados para que os fornecedores façam a troca do produto por outro de peso equivalente ao que é determinado. Maycom Danilo relata ainda que o Imepi recebeu denúncias de que o gás de um botijão estava sendo transferido para outro. A ação é conhecida como “chupeta”. 

“Eles tiram 3kg de um botijão, 2kg de outro, e vão transferindo para um terceiro botijão. Isso vai equacionando e fica uma média de 10kg no botijão, e aí eles conseguem vender mais barato. Se dois concorrentes recebem o mesmo produto, mas vendem por um preço diferente, isso é preocupante e os proprietários de depósito começaram a denunciar essa irregularidade”, esclarece. 

Lucélia Alves é gerente administrativa de um dos depósitos visitados pelos fiscais do Imepi e parabenizou a ação. Segundo ela, esse tipo de fiscalização é importante, tanto para os revendedores quanto para os consumidores, que têm a certeza de estar adquirindo um produto dentro do previsto. 

“Nós sempre temos o cuidado de pesar nossos botijões, inclusive temos uma balança e se o cliente desejar pesar na hora, nós pesamos. O Imepi já esteve aqui no início do ano, realizando a mesma operação e não deu nenhuma irregularidade. Nós mantemos tudo em ordem e a documentação em dia, diferente dos clandestinos, que não têm esse cuidado”, frisa. 

A operação, nomeada de “Operação Gás LP”, irá fiscalizar todos os depósitos e postos de revenda na cidade. Os fiscais serão acompanhados da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e representantes da Câmara Municipal. Caso sejam identificadas irregularidades, os fabricantes ou revendedores poderão ser multados, com valores que varia entre R$ 100 a R$ 1,5 milhão, dependendo de qual dos dois foi responsável pela irregularidade. Os fiscais também vão fiscalizar o estado físico dos botijões, verificando, por exemplo, se existem partes amassadas ou lacre rompido.

Por: Isabela Lopes- Jornal O Dia
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