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Janeiro Roxo: Em 2022, Piauí registrou quase 700 casos de Hanseníase

Diante o número de casos, Sesapi faz alerta para enfrentamento à doença

18/01/2023 16:00

Em 2022, o Piauí registrou 692 novos casos de Hanseníase. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) nesta quarta-feira (18). Do total de casos, 22 foram em menores de 15 anos de idade, quando a doença é identificada ainda em atividade. 

No Piauí, o mês de janeiro é dedicado ao enfrentamento e conscientização sobre a Hanseníase, o chamado Janeiro Roxo. O movimento foi criado para alertar a sociedade civil sobre sinais e sintomas da doença, bem como mobilizar profissionais da saúde sobre a busca ativa para o diagnóstico precoce da Hanseníase, prevenção de sequelas e enfrentamento ao estigma que está presente na história dos pacientes. Outro ponto é garantir que a comunidade tenha conhecimento do tratamento gratuito existente no SUS.

(Foto: Reprodução/Internet)

Este ano, a campanha segue com o tema “Hanseníase: identificou, tratou, curou” e traz atividades como webinários, oficinas, rodas de conversa, seminário e também uma cerimônia de premiação, que ocorre amanhã, quinta-feira (19), a partir das 9h, no pátio da Sesapi. Serão homenageadas pessoas importantes que atuam no combate à hanseníase no Piauí. 

“Um tratamento precoce é o principal passo para evitar uma evolução negativa da doença. Ter casos da doença em menores de 15 anos também chama uma atenção para as pessoas observarem cada vez mais os sinais e sintomas para buscar o serviço de saúde em momento oportuno”, afirma Eliracema Alves, supervisora de Hanseníase na Sesapi

A Hanseníase é uma doença crônica, onde a contaminação se dá pelas vias aéreas superiores, o diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio do exame geral e dermatoneurológico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas.

“O diagnóstico rápido nos permite um tratamento precoce que é mais efetivo na interrupção do ciclo de contaminação, ajudando assim a reduzir o número de possíveis novos casos no estado”, destaca Eliracema Alves.

Saiba quais são os sintomas da doença

  • Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor
  • Áreas com diminuição dos pelos e do suor
  • Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas
  • Inchaço de mãos e pés
  • Diminuição sensibilidade e/ou da força muscular da face, mãos e pés, devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos
  • Úlceras de pernas e pés
  • Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos
  • Febre, edemas e dor nas juntas
  • Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz
  • Ressecamento nos olhos
Fonte: Com informações da Sesapi
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