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Mais de 18 milhões de brasileiros têm depressão ou ansiedade; saiba como obter tratamento

No Piauí, com o crescente número de casos de pessoas que tiraram a própria vida nos últimos dias, o debate sobre saúde mental tem chamado a atenção da população

08/04/2022 13:10

Vidas aceleradas, mentes ansiosas, problemas que afetam o psicológico das pessoas: a depressão tem sido o mal do século XXI. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. A ansiedade afeta 18,6 milhões de brasileiros e os transtornos mentais são responsáveis por mais de um terço do número total de incapacidades nas Américas.

No Piauí, com o crescente número de casos de pessoas que tiraram a própria vida nos últimos dias, o debate sobre saúde mental tem chamado a atenção da população. De acordo com a psicóloga Ticiane Soares, é preciso falar abertamente sobre depressão e pensamentos suicidas. 

“Muitas vezes as pessoas sentem que não tem importância, sentem que nada em mais sentido, que as coisas estão pesadas e sem solução. Tudo isso pode levar a pensamentos suicidas e precisamos falar abertamente sobre isso”, afirma em entrevista ao O DIA. 

Mais de 18 milhões de brasileiros tem depressão ou outro transtorno mental (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A psicóloga destaca a importância de não ter medo ou vergonha de procurar ajuda. “Busque ajuda se você sente que precisa. Hoje nós temos muitos materiais sobre o assunto. Não é feio nem vergonhoso buscar ajuda e cuidar da saúde mental como a gente cuida de qualquer área da nossa saúde”, pontua.

Além disso, é importante também ser alguém que acolhe as pessoas. Ticiane Soares acrescenta que sempre podemos ser um ombro amigo àquelas pessoas que precisam desabafar. 

Confira a reportagem: 


Como obter ajuda?

Em Teresina, o Centro de Valorização à Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção de suicídio há 60 anos, atendendo as pessoas de forma voluntária e gratuita. Por mês, a organização  recebe cerca de três mil ligações de pessoas em situação de sofrimento. 

O Centro trabalha sob total sigilo, disponibilizando telefone, email e chat 24h todos os dias. "Às vezes a pessoa só precisa ser ouvida e que respeite seu momento. Temos chat, email, existem várias maneiras de fazer esse atendimento. E quando a pessoa percebe que precisa de um especialista, ela consegue recorrer através da prefeitura”, comenta Maria Zélia, voluntária do CVV há 20 anos. 

Pessoas que necessitam de ajuda podem entrar em contato com o CVV através do número 188. Além disso, o Centro disponibiliza o Site, onde é possível ter acesso ao endereço de email e chat. 

A CVV trabalha com antedimentos gratuitos a população que sofre de algum problema de saúde mental (Foto: Jailson Soares/ODIA)

Além disso, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) também disponibiliza atendimento psicossocial por meio do Provida, ambulatório especializado de saúde mental e de prevenção ao suicídio. O atendimento é feito sem necessidade de encaminhamento médico, de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h e das 14h às 17h.

A modalidade de tratamento adotada pelo Provida é o de psicoterapia de crise, que consiste numa intervenção emergencial de curto prazo, com duração média de seis a oito semanas, com objetivo de reduzir a perturbação mental e, consequentemente, o risco de suicídio, requerendo um atendimento especializado. O atendimento tem continuidade com encaminhamento para o serviço mais adequado que pode ser na rede de saúde mental por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) conforme as necessidades do paciente e de suporte aos familiares do paciente.

O ambulatório encontra-se localizado na R. Álvaro Mendes, 1557 - Centro (Sul). O número para contato é  (86) 99577-1567. 

Edição: Adriana Magalhães
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