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Modelo piauiense, Rayanne Adorno, denuncia ex-namorado por perseguição

De acordo com a publicação, o seu ex-companheiro não aceitou o término do relacionamento e há um ano e dois meses vêm a difamando na internet para seus amigos.

15/10/2020 09:56

A modelo piauiense Rayanne Adorno , utilizou as suas redes sociais nesta quarta-feira,13, para relatar a perseguição e ameaças que vem sofrendo do seu ex-namorado estrangeiro Malik Roy . De acordo com a publicação, o seu ex-companheiro não aceitou o término do relacionamento e há um ano e dois meses vêm a difamando na internet para seus amigos.

Rayane Adorno é modelo e natural de Teresina. Foto: Reprodução/Instagram

“Tudo começou quando eu decidi por um ponto final em algo que já não me satisfazia mais. O ponto alto do meu descontentamento foi quando percebi que a minha independência e a minha liberdade se tornaram um enorme problema na relação. Ele,  que alguém poderia tentar: ameaças, xingamentos, frases racistas, xenofóbicas e misóginas”, diz Rayanne Adorno.

Malik Roy vem me atacando das maneiras mais sujas e incansáveis
A modelo piauiense está sendo perseguida em todas redes sociais. Foto: Reprodução/Instagram

A vítima afirma que percebeu as primeiras mudanças de comportamento por parte de Malik, quando algumas portas se abriram em sua carreira como modelo. A felicidade da piauiense e o sentimento de confiança foram o suficiente para causar desconfortos no então parceiro.


Malik está há mais de um ano perseguindo Rayanne Adorno. Foto: Reprodução/ Instagram

Rayanne relata ainda, que sempre fui independente e para o Malik, a sua liberdade o impedia de a ter sobre controle.

“No início, ele demonstrava ser um cara incentivador, que me apoiava, mas quando ele percebeu que eu estava conquistando meu espaço, ele se sentiu incomodado. E por eu ser uma pessoa observadora e ter uma noção de como os relacionamentos abusivos se iniciam, resolvi terminar antes que a situação pudesse piorar, porém, o término só agravou mais a situação e alguns traços da personalidade dele se tornaram mais evidentes. Ele começou a mandar mensagens de ameaça para que eu me sentisse insegura fora do meu país. Por medo, acabei voltando para o Brasil, e os ataques só aumentaram, tomando proporções cada vez maiores”, descreve a piauiense.

Além disso, Malik fez vários perfis no Facebook e Instagram, tanto fakes como verdadeiros, e diariamente manda mensagens para os amigos da piauiense com calunias e difamação. Nesta situação, a modelo constantemente faz denúncias dos conteúdos violentos e racistas postados nas redes sociais a seu respeito. Mas o estrangeiro chega ainda a enviar por e-mail, links com vídeos violentos e mensagens no whatsapp.


Malik fez vários perfis no Facebook e Instagram, tanto fakes como verdadeiros para mandar mensagens a modelo. Foto: Reprodução/ Instagram

“Durante um tempo eu me deixei levar pela negatividade e o cansaço que esse pesadelo está me causando, me afastei da internet porque descobri que alguém fazia prints das minhas atividades nas redes sociais e enviava para ele, então me vi em uma situação em que desconfiava de todos; me sentia vigiada”, conta Rayanne Adorno.

Porém, a modelo percebeu que silenciar os abusos sofridos não faria com que ele parasse de expor ela na internet, e que como vítima teria que ser forte e buscar medidas para acabar com está situação de uma vez.


As mensagens se Malik são de cunho racista e machista. Foto: Reprodução/Instagram

“Eu já registrei vários BO`s e processos a fim de denunciar as agressões, ameaças e perseguições feitas pelo Malik, desde 31 de julho de 2019 (data do primeiro BO, registrado em Budapeste, Hungria). É um processo complicado e demorado que envolve muita coisa, mas continuarei na luta. Compartilhe para que + pessoas saibam quem é MALIK ROY, e que possam denunciar as suas contas fakes”, desta forma Rayanne Adorno finaliza sua publicação nas redes sociais.

Todavia, em suas redes sociais Malik faz acusações contra Rayanne e adiram que a piauiense é mentirosa e abusou de sua boa fé. 

"Garota falsa e mentirosa. Fez merda e precisa ter o retorno da merda que aprontou. Obrigado a todos vocês que me abriram os olhos. Segui o conselho de vocês. Ser ingênuo não é crime, longe disso. Evidente que estou sofrendo muito com isso. Infelizmente as coisas acontecem, como vocês dizem. Grande agradecimento a Benício e Nelio e aos outros também", diz Malik em uma publicação.

Em outra publicação ele se diz paciente e que ela está manipulando a realidade." O pervertido narcisista transforma a realidade e está pronto para mentir e manipular. No caso de Ray, para a polícia, porque ela nunca conseguiu lidar comigo com sua constante má-fé e Deus sabe o quão paciente e paciente eu fui com ela, apesar de tudo. Isso serve para preencher seus próprios fracassos pessoais, no seu caso: fracasso em se tornar um modelo na Europa ou qualquer outro sucesso em outro lugar e fracassos em suas mentiras fáceis de desvendar. Tenho sorte de ser livre e, portanto, ter e ter o que quero e, portanto, combater a injustiça é um hobby agradável. O único medo desses pervertidos narcisistas deve ser revelado a céu aberto, porque mesmo amigos íntimos podem não perceber. Então, eu me dou prazer e revelo quem está por trás de sua máscara", conta Malik.

Crimes virtuais

Para a delegada Eugênia Villa, diretora de gestão interna da Secretaria de Segurança do Piauí (SSP-PI), esse é um caso que precisa ser estudo, especialmente por ser tratar de um ataque que está sendo realizado em outro País. Ela explica que a jurisdição brasileira se dá em razão do local do fato, ou seja, somente é possível aplicar uma lei brasileira a um fato que tenha ocorrido no Brasil.

“Esses crimes virtuais são muito complexos. Hoje, o Direito Penal não superou essa barreira tecnológica e as pessoas não sabem o que fazer. Esse nosso Direito Penal é arcaico, que não contempla as novas mudanças. Esse crime é uma violência transnacional, pois ele praticou esse crime fora do Brasil, então é um caso a se estudar, porque talvez as leis brasileiras não se apliquem para ele”, comenta.

Contudo, a delegada orienta que a vítima busque a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Teresina (DEAM), no Centro de Teresina, para que o departamento da mulher possa acolhê-la e dar o melhor direcionamento.

Por: Sandy Swamy
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