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Moradores do Piauí são os que mais viajam no país, diz IBGE

Desde que o levantamento passou a investigar o tema, em 2019, o Piauí mantém liderança da proporção de domicílios cujos residentes viajaram

06/07/2022 15:55

O Piauí é o estado do país onde, proporcionalmente, mais moradores viajam. É o que mostra o módulo de Turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Desde que o levantamento passou a investigar o tema, em 2019, o Piauí mantém  liderança da proporção de domicílios cujos residentes viajaram. Segundo o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), 18,5% dos lares piauienses viajaram em 2021. No país, a proporção foi de 12,7%.


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A professora Jéssica Soares faz parte da população piauiense que não perde a oportunidade de viajar. A jovem já conheceu cidades como Recife, Rio de Janeiro, São Luís, Salvador, São Paulo, Fortaleza e Gramado. O próximo passo é expandir as fronteiras e ir para fora do Brasil. “Quero conhecer Buenos Aires. Estou me programando, esperando baixar o preço das passagens”, conta ela.

Foto: Arquivo Pessoal

Segundo ela, a pandemia se tornou um grande empecilho para quem quer conhecer outros lugares porque, além do aumento do preço das passagens, é importante ficar atento aos índices de transmissibilidade da covid-19 na cidade de destino. “Eu sempre observo a bandeira, se está vermelha, com relação aos casos de covid-19, antes de comprar as passagens, porque se tiver, já preciso mudar o destino”, destaca Jéssica Soares.

O depoimento da professora corrobora o levantamento do IBGE, que aponta que, apesar de se manter na liderança, o Piauí teve uma redução expressiva no número de deslocamentos durante a pandemia de covid-19. O índice do Piauí, que foi de 18,5% em 2021, era de 34,4% em 2019.

De acordo com o IBGE, a redução começou ainda no primeiro ano de pandemia. Em 2020, houve viagens 21,1% dos domicílios piauienses. Ou seja, queda de 38,6% em relação a 2019. Com a taxa de 18,5% registrada em 2021, a diminuição chegou a 46,2% quando comparado ao ano de 2019. “Durante a pandemia, eu viajei para Recife pagando R$ 600 na passagem. Agora, a mesma passagem está custando R$ 1.700. Está muito mais difícil viajar agora”, avalia.

O principal motivo para viajar é visitar parentes e amigos

O maior motivo de viagens no Piauí era a visita de parentes e amigos, com 28% do total de viagens, seguido de tratamento de saúde e bem-estar (26,8%), lazer (15,25), outros motivos (13,9%), compras pessoais (12,1%), religião ou peregrinação (2,5%), e evento familiar ou de amigos (1,5%).

No período pré-pandemia, em 2019, cerca de 26,8% das viagens realizadas no Piauí tinham por finalidade o tratamento de saúde e bem-estar, o quinto maior do país, só ficando atrás dos estados de Sergipe (36,2%), Maranhão (32,2%), Bahia (28,2%) e Acre (28,1%).

O principal destino de viagens de lazer é a praia

Assim como a professora Jéssica Soares, a maioria dos piauienses que viajam a lazer tem como o principal destino a praia (58,1%). Na sequência vinham as viagens com interesse cultural (18,6%); natureza, ecoturismo e aventura (16,1%),  e outros motivos (7,2%).

Foto: Arquivo Pessoal

“Eu gosto muito de praia, de cidades litorâneas. Já conheço o litoral do nordeste, do sudeste e do sul. Gosto de viajar porque eu consigo exercer a minha liberdade financeira e emocional. E sempre prefiro viajar sozinha, porque consigo planejar minhas viagens e promoções de acordo com meu gosto”, afirma.

No Brasil, o destino de praia também era o maior interesse das pessoas, com 34,5% das viagens, bem abaixo do interesse dos piauienses. Na sequência, o interesse dos brasileiros era por viagens culturais (26,9%); natureza, ecoturismo ou aventura (25,6%) e outros motivos (13%).

Foto: Arquivo pessoal

Em termos de principal local de hospedagem nas viagens, em 2019, também no período pré-pandemia, cerca de 40,4% dos piauienses se hospedava na casa de amigos ou parentes; pousada (5,3%); hotel / flat (4,8%); imóvel próprio (1,2%) e outros locais(48,3%). No Brasil a hospedagem em casa de parentes ou amigos atingia proporção bem maior, cerca de 47,2%; hotel / flat (17,4%); pousada (4,9%); imóvel próprio (2,6%) e outros locais (27,9%).

Edição: Com informações do IBGE.
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