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No Piauí, casos de afogamentos no primeiro semestre já superaram todo o ano de 2022

No caso mais recente, uma criança de seis anos morreu em uma piscina em um clube de Teresina

28/07/2023 às 08h00

27/09/2023 às 22h38

O número de óbitos por afogamento no primeiro semestre deste ano no Piauí já superou os casos registrado no estado durante os 12 meses do ano passado, de acordo com dados do Corpo de Bombeiros do Piauí. Ao todo, foram 37 casos entre janeiro e junho deste ano. Em 2022, as mortes por afogamento foram 33.

No caso mais recente, uma criança de seis anos morreu em uma piscina da Associação dos Servidores do Instituto Federal do Piauí (Assifpi), na região da Zona Sudeste de Teresina. Identificada como Sophia Silva dos Santos, ela estava na companhia da avó no momento que acabou se afogando.

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A maioria dos casos do período, porém, foram registrados em praias e rios. A tenente-coronel Najra Nunes revelou que o perfil das ocorrências é de pessoas adultas, que sabiam nadar e que tinham ingerido bebida alcoólicas antes de entrarem nas águas. 

Corpo de Bombeiros  - (Assis Fernandes / O Dia ) Assis Fernandes / O Dia
Corpo de Bombeiros

O aumento de casos de afogamento acendeu um alerta. Para o período de férias, o Corpo de Bombeiros intensificou o efetivo no Litoral para evitar óbitos. De acordo com dados parciais do mês de julho, os Bombeiros foram acionados para 53 ocorrências, sendo que nove envolviam crianças perdidas e que poderiam evoluir para afogamento.

Uma das ações desenvolvidas pelo Corpo de Bombeiros é a distribuição de pulseiras de identificação para crianças que frequentam as praias, assim como campanhas educativas com folders com medidas de segurança para adultos e crianças.

CUIDADOS

A tenente-coronel Najra Nunes que uma das medidas de segurança para evitar afogamentos. Para os adultos, a bebida alcoólica está entre as principais alertas. Já para crianças, as boais de segurança.

 É importante conhecer o local que vai frequentar, não ingerir bebida alcoólica, nem outra substância alucinógena que altere os sentidos. As crianças precisam utilizar boias de segurança. Quem não sabe nadar não deve adentrar nos balneários, praias e rios. Também é importante orientar as crianças para não brincarem próximo ao ralo das piscinas

Najra NunesTenente-coronel do Corpo de Bombeiros

Já o coronel Egídio Leite chama atenção para as tentativas de populares de salvar pessoas que estejam se afogando. Ele alerta ainda as pessoas que sabem nadar, mas não conhecem o local onde estão banhando.

Saber nadar fica na dependência de outros fatores, como da força da correnteza. Ainda assim, nadar é uma coisa, salvar outra pessoa já é um processo totalmente distinto, exige um preparo e toda uma técnica. Isto é o que predomina nas estatísticas, pessoas que tentam salvar outras, pessoas que consomem bebida alcoólica e pessoas que acham que sabem nadar, mas que, como não conhecem as características do local em que estão banhando, terminam sendo vítimas

Egídio LeiteCoronel do Corpo de Bombeiros
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