Uma consequência positiva do isolamento social devido á pandemia de Coronavírus é a redução nos índices da violência e também no número de acidentes de trânsito registrados pelas autoridades competentes. É que com menos gente circulando nas ruas, a criminalidade reduz, assim como o fluxo de veículos indo e vindo, o que contribui para a diminuição nas infrações de trânsito e suas consequências como atropelamentos e batidas.
Aqui em Teresina, o Hospital de Urgências (HUT) já registra uma queda de 33% no número de atendimentos de vítimas de trânsito desde o início do primeiro decreto municipal determinando o fechamento do comércio e serviços não essenciais na Capital. Os dados do relatório emitido pelo setor de estatísticas do hospital apontam que, nos primeiros 15 dias de março, foram atendidas 438 vítimas de acidentes de trânsito. Já na segunda quinzena do mesmo mês, foram 293 atendimentos. Somando-se os três primeiros meses do ano, o HUT já atendeu 2.539 pacientes vítimas de acidentes de trânsito.
HUT já registra queda de 33% no número de vítimas de acidente de trânsito desde o início do isolamento social - Foto: Assis Fernandes/O Dia
Para o médico Rodrigo Martins, diretor do HUT, as medidas de isolamento social são efetivamente importantes não só porque evitam o eventual contato entre pessoas contaminadas e a disseminação do Coronavírus, mas também porque com a redução das ocorrências de trânsito, o sistema de saúde ganha um pouco mais de fôlego para tratar os casos relacionados à Covid-19.
“Ficar em casa também reflete na menor quantidade de veículos circulando pela cidade. Isso é importante para reduzir os acidentados e deixarmos mais leitos disponíveis aos pacientes, caso nosso hospital venha a receber casos confirmados da doença [Covid-19]”, avalia o diretor.
Vale destacar que ao longo de 2019, o HUT recebeu mais de 10.600 pessoas acidentadas. Uma redução neste índice significa dar mais condições para que o hospital se volte com carga máxima para a rede de atuação contra o Coronavírus em um caso de necessidade.
Por: Maria Clara Estrêla, com informações do HUT