Os familiares da jovem Maria Marli Araújo Veloso, de 23 anos, estão inconformados com o atendimento oferecido pela Maternidade Dona Evangelina Rosa.
Eles afirmam que nesta quarta-feira, dia 14, Marli deu à luz um bebê em circunstâncias angustiantes.
Fotos: PortalODIA.com
Desde a tarde de terça-feira Marli foi levada para o hospital da rede estadual de saúde. Ela apresentava sangramento e sentia contrações. Contudo, apesar dos indÃcios de que havia entrado em trabalho de parto, a grávida recebeu a recomendação de voltar para casa, pois ainda não era o momento de dar à luz.
De acordo com Raniere Pires, marido de Marli, quem fez o primeiro atendimento à sua esposa foi um acadêmico de Medicina chamado Daniel.
Durante a noite de terça Marli começou a sentir dores mais fortes e, já no inÃcio da madrugada desta quarta, foi levada novamente até a maternidade.
Segundo Raniere, por volta das 2 horas da madrugada, uma médica constatou que o parto era iminente e determinou a internação de Marli.
Quando já passava das 4 horas outro médico examinou Marli e concluiu que não poderia ser realizado um parto normal, pois o canal vaginal da paciente não havia dilatado o suficiente, sendo necessário, portanto, recorrer à cesariana.
A essa altura Marli já estava sentindo dores muito intensas. Contudo, somente às 10 horas o procedimento cirúrgico foi realizado.
Depois de concluÃda a cesariana, a equipe médica verificou que o bebê havia ingerido lÃquido amniótico e precisaria ser internado numa Unidade de Terapia Intensiva, em função do grave estado em que se encontrava.
Os familiares de Marli acusam o hospital de negligência e acreditam que o bebê só ingeriu o lÃquido amniótico em função da demora na realização do parto.
Fotos: PortalODIA.com
O marido de Maria Marli afirma que ele e sua esposa estão muito aflitos, sem qualquer perspectiva de como vai evoluir o quadro clÃnico do filho recém-nascido. "Estamos aguardando a decisão de Deus. Só ele vai decidir se meu filho vai sobreviver ou não", resigna-se Raniere, que também reclama da escassez de informações fornecidas pelo hospital.
A reportagem de ODIA tentou contato com a Maternidade Evangelina Rosa, mas não obteve sucesso.
Por: Cícero Portela