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Piauí reduz em quase 70% obras contratadas pelo Minha Casa Minha Vida

Neste ano, o montante no mês só girou em torno de R$ 8 milhões no Piauí, com sérios prejuízos para o projeto.

10/02/2020 08:50

Construções do Programa Minha Casa Minha Vida estão paralisadas no Piauí desde o dia 2 de janeiro de 2020, segundo o Sindicato da Indústria de Construção Civil (Sinduscon/Piauí). O fato acontece pela falta de repasses de recursos do Governo Federal, que inviabilizam, diretamente, a efetivação de novos contratos pela Caixa Econômica Federal. Segundo o levantamento, em janeiro de 2019, o volume de investimento para novos contratos foi de R$ 25 milhões; este ano, o montante no mês só girou em torno de R$ 8 milhões no Piauí.


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“É uma queda vertiginosa. São obras, hoje financiadas pela Caixa Econômica, por gestão do Governo Federal, que por falta de repasse não conseguimos fazer contratações. É uma preocupação por setor de construção civil porque você não consegue ter geração de contrato, você não consegue vender nada”, ressalta o vice-presidente do Sinduscon, Guilherme Fortes.

O Minha Casa Minha Vida é realizado em duas modalidades bem diferentes. Na faixa 1, destinada à população com renda mensal familiar de até R$ 1.800, as obras são bancadas 100% com recursos do OGU (Orçamento Geral da União). Nas demais faixas (1,5; 2; e 3), 90% dos recursos estão garantidos porque vêm do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e o OGU subsidia apenas 10%.


Construções do Minha Casa Minha Vida estão invibializadas - Foto: Elias Fontinele/O Dia

E é neste segundo caso, que segundo o Sinduscon, o dinheiro está chegando com atraso porque a Caixa, que gerencia o fundo, não faz repasse enquanto o governo não libera para ela os 10% de subsídio.

“Nós temos uma expectativa muito grande para o ano de 2020, porque o crescimento que está acontecendo nos grandes centros, que já é uma realidade, não chegou com a mesma pujança no resto do Brasil. Para a construção civil no Piauí, podemos dizer que mês de janeiro e fevereiro, até hoje, foi todo perdido”, destaca Guilherme Fortes.

Segundo o vice-presidente, há mobilização a níveis regional e nacional para pressionar o governo. Segundo ele, acontecerão reuniões nos dias 13 de fevereiro (quinta) e 17 (sexta-feira).

Por: Glenda Uchôa - Jornal O Dia
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