O Piauí registrou nesta semana a primeira morte em decorrência de complicações da Dengue. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) nesta quinta-feira (10). O paciente que teve o óbito confirmado era de Teresina. Ele não teve seu nome, idade nem bairro de localização informados.
Em meio à pandemia de covid-19, a dengue também preocupa as autoridades em saúde e não pode ser ignorada pela população no que respeita às ações preventivas. O 8º boletim epidemiológico da Sesapi que o Piauí apresentou um aumento de 236,9% no número de casos em 2022 em relação ao mesmo período do ano passado.
Os municípios de Agricolândia, Avelino Lopes, Antônio Almeida, Curimatá e São Pedro do Piauí são os cinco que mais apresentam incidência de dengue em todo o estado. Para efeito de comparação, até meados de março de 2021, o Piauí tinha 190 cidades sem nenhum registro de dengue. Este ano, no entanto, o número caiu para 176 cidades sem registros, ou seja, há mais municípios contabilizando casos da doença.
Pneus e vasos de plantas com água parada se transformam em criadouros do mosquito - Foto: Assis Fernandes/O Dia
Esses dados geram um alerta para a população e para os gestores estaduais e municipais. O supervisor de Entomologia da Sesapi, Ocimar Alencar, chama a atenção para a situação e a necessidade da população fortalecer os cuidados para evitar água parada e impedir que o vetor da doença se prolifere.
“Ano passado, não registramos nenhuma morte em decorrência da dengue aqui no Piauí. Com o registro do primeiro óbito neste ano de 2022, estamos voltando a reforçar os cuidados que as pessoas devem ter em casa, uma vez que nossas equipes apontam que a grande maioria dos criadouros são encontrados em ambientes domiciliares”, ressalta Ocimar.
Já o secretário estadual de Saúde, Florentino Neto, destacou que as equipes estão vigilantes e mantendo contato com os municípios para que juntos possa auxiliar o enfrentamento à dengue no Piauí. “Nossas equipes estão vigilantes e acompanhando a situação de todo o estado, mantemos contato diretamente com os municípios que identificamos ter uma necessidade maior de atenção e traçamos estratégias de prevenção e enfrentamento à dengue”, lembra.
Outro dado que chamou bastante atenção no boletim epidemiológico da Sesapi para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti está relacionado à Febre Ckikungunya, que teve aumento de 86,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Vale lembrar que o Piauí não registra óbitos decorrentes desta doença desde 2018.
Fonte: Com informações da Sesapi