Piauí tenta habilitar novos leitos de UTI's junto ao governo federal

Publicada em 23/02/2021 15:45

Com a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) próximo de 100%, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) anunciou que busca habilitar novos leitos junto ao Ministério da Saúde para evitar um colapso do sistema de saúde pública do estado.

Após pressão, Piauí deve recuar de decreto que previa fechamento do comércio

O superintendente da Rede de Média e Alta Complexidade da Sesapi, Alderico Tavares, explicou que os leitos bancados pelo governo federal foram desabilitados no Piauí nos últimos meses do ano passado devido a redução novos casos e óbitos registrado no estado, mas que agora é necessário o retorno da unidades.

“Com a diminuição de casos de Covid-19 e a consequente redução das internações, o Ministério da Saúde desabilitou os leitos financiados pelo governo federal. Agora, estamos tentando essas novas habilitações junto ao Ministério da Saúde, porém não é um processo tão rápido”, disse.

^{Foto: Divulgação / Sesapi}

Alderico comenta ainda que a abertura de novos leitos exige ainda demanda de equipamentos, insumos e recursos humanos para operar o funcionamentos dessas estruturas. Segundo ele, os preços estão superfaturados devido a grande necessidade no momento em que o coronavírus avança em vários estados.

“Neste momento, o mercado está com uma demanda muito alta e há falta dos produtos no mercado nacional e internacional. Não ter os insumos para vender por causa da pandemia e os produtos que restam estão com os preços superfaturados. Além do Piauí, vários estados brasileiros já começam a ter dificuldade de manter os estoques dos produtos. O que dificulta a abertura de novos leitos. Por isso pedimos a colaboração da população neste momento de medidas restritivas”, destaca o superintendente.

Leitos no Piauí

O Piauí conta com 234 leitos de UTI para o atendimento a pacientes com a Covid-19. Desse total, 65 leitos (27,9%) estão habilitados pelo Ministério da Saúde e possuem vencimento em fevereiro de 2021. Os 168 (72,1% ) restantes são custeados pela Sesapi e Fundação Municipal de Saúde de Teresina.

Mais sobre:

A abertura de novos leitos exige ainda demanda de equipamentos, insumos e recursos humanos